Prepare o bolso: montar computador ficará 8% mais caro e mais difícil em 2026
Por Raphael Giannotti • Editado por Jones Oliveira |
Cada nova análise do mercado de hardware de PC nos traz um cenário nada otimista por conta da crise na indústria de DRAM (memória RAM) e NAND (SSD). Não seria diferente com o mais recente levantamento da IDC, que prevê uma redução de quase 9% no mercado de PCs em 2026. Inicialmente, as projeções da empresa eram de 2,4%, que ainda pode acontecer, mas com a rápida mudança no cenário de RAM e SSD, fica difícil prever de fato.
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O relatório do IDC estima que o preço médio de venda dos computadores deve saltar até 8% em 2026. Essa inflação nos custos é impulsionada diretamente pela escassez severa de componentes, forçando fabricantes a tomarem medidas difíceis que impactam em cheio o consumidor.
Fabricantes de PCs já estão tomando medidas contra a crise
Algumas empresas, como a Dell e Lenovo, além de outras OEMs, já anunciaram aumento nos preços, algo que já deve entrar em vigor agora. Algumas dessas fabricantes também começaram a comercializar desktops pré-montados sem memória RAM ou armazenamento, transferindo para o usuário a tarefa – e o custo extra – de adquirir esses itens separadamente.
A Framework, por exemplo, fabricante de mini PCs e notebooks, parou de vender memória RAM separadamente para preservar seu estoque e se proteger de scalpers, que podem comprar o máximo que conseguirem para revenderem mais caro posteriormente. Pode ser que até veremos o Steam Machine chegando com uma versão sem RAM e SSD para que possa ser mais barato, deixando esses componentes nas mãos do usuário, como a Paradox Customs está fazendo.
A raiz de todo esse problema está no desequilíbrio entre oferta e demanda que explodiu, especialmente devido ao boom repentino da Inteligência Artificial, que exige volumes gigantescos de DRAM e NAND de alta performance. Muitos executivos da própria indústria de semicondutores já apontam para um cenário caótico, já que a situação não deve normalizar tão cedo.
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Fonte: IDC