Por que a Apple trocou processadores Intel pela arquitetura ARM?
Por Felipe Demartini | •

Entre o anúncio de novas atualizações para o iOS, uma adaptação de Isaac Asimov para o Apple TV+ e uma nova versão do macOS, o Big Sur, um anúncio em particular explodiu como uma bomba durante a edição 2020 da WWDC nesta segunda-feira (22). Após anos de amizade, a Apple está deixando de lado a parceria com a Intel na fabricação de processadores e abraçando a arquitetura ARM.
Nos números, temos cerca de US$ 3 bilhões anuais em vendas de chips e pouco menos de 5% dos negócios da Intel nesse mercado. Entretanto, há um agravante aqui: o fim da parceria vem em um momento de batalha comercial entre o governo dos Estados Unidos e a China, com a administração Trump preocupada com a perda de relevância das empresas americanas no setor de tecnologia. A notícia do divórcio entre duas das principais companhias do ramo no país com certeza não cai bem nesse ensejo.
Isso se torna verdade, principalmente, quando se leva em conta que os novos chips ARM dos Macs devem ser desenvolvidos pela TSMC, de Taiwan. E enquanto as conversas sobre a implantação de uma nova fábrica da empresa asiática em solo americano não avançam, a sensação é de que o abismo entre este e o outro lado do mundo deve se tornar ainda maior.