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PCs, notebooks e smartphones já são totalmente afetados pela falta de RAM

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/CXMT
Reprodução/CXMT

A falta de memória RAM já começou a afetar a indústria de tecnologia como um todo e a situação vai além dos PCs, já que existem outros eletrônicos que fazem uso do componente. Samsung e a Micron, duas das maiores fabricantes de DRAM, já deixaram bem claro que não se posicionarão agora para amenizar a situação. Por isso, o efeito cascata já está começando a acontecer.

O mais afetado de todos é o PC, que é o maior consumidor desse componente. O mercado DIY já oferece módulos de memória RAM DDR5 a preços altíssimos, tão altos que passam o valor de uma GeForce RTX 5090 no exterior, uma placa de vídeo que tem preço inicial de US$ 2.000. Além disso, kits mais básicos já custam mais do que um PS5 também.

PCs montados e notebooks já sentem o baque

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Saindo do mercado varejista, onde você e eu conseguimos comprar as peças para nossas máquinas, temos o segmento de PCs pré-montados. Algumas marcas são especializadas nas vendas desse tipo de computador e duas delas são a CyberPowerPC e a Maingear.

A primeira delas anunciou que depois da Black Friday, teria que aumentar os preços de seus PCs. Isso porque, segundo a empresa, os preços de memória RAM subiram 500% e SSDs ficaram 100% mais caros. Já a Maingear disse que está segurando os atuais preços o máximo que pode, mas o aumento é inevitável.

Saindo do desktop, temos os notebooks, que também já começaram a sentir os impactos dessa crise. A Lenovo e a Dell, segundo fontes do TrendForce, já começaram a subir os preços em dezembro, algo entre 10 e 20%, situação que deve piorar em janeiro de 2026. A ASUS já confirmou que seus notebooks vão encarecer por conta disso.

Outros componentes de PC e eletrônicos afetados

Em relação a todos os componentes de um PC, o que mais sente com toda essa situação é a placa de vídeo. Ela usa DRAM e com o aumento nos preços desse componente, é inevitável que as GPUs fiquem mais caras também. A AMD já começou o reajuste de preços, com aumento de US$ 10 por 8 GB. A RX 9070 XT, por exemplo, fica US$ 20 mais cara porque tem 16 GB, por exemplo. Até o momento, a NVIDIA ainda não se pronunciou sobre aumento de preços.

Já placa-mãe, que não carrega nenhum chip DRAM em sua estrutura, também foi afetada. Nesse caso, as vendas caíram em até 50%, já que muitos usuários de plataformas DDR4, ou mesmo quem vai montar um PC pela primeira vez, não conseguem comprar memória DDR5 que qualquer modelo de placa-mãe moderna usa. Os processadores, por outro lado, não registraram nenhum prejuízo. Embora existam rumores de encarecimento dos Ryzen, a própria AMD já negou que isso aconteça.

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Smartphones, tablets e outros microcomputadores também não estão imunes aos efeitos da escassez de memória RAM. O Raspberry Pi, por exemplo, agora custa US$ 5 a mais na versão de 4 GB, mas a versão de 16 GB de RAM ficou US$ 25 mais cara.

A situação é tão complicada, que até a divisão de fabricação de chips da Samsung não consegue atender as necessidades da própria divisão mobile (smartphones, tablets, notebooks, relógios, etc.), que é prioridade antes dos outros clientes, segundo especulações.

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