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Pânico na indústria faz fabricantes limparem o mercado de memórias RAM

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/ADATA XPG
Reprodução/ADATA XPG

O mercado de memórias RAM segue piorando. Segundo o DigiTimes, grandes fabricantes de placas-mãe e notebooks, incluindo ASUS, MSI e Gigabyte, começaram a estocar chips DRAM como nunca antes. O movimento é uma resposta direta à estratégia das fabricantes de chips que estão direcionando sua capacidade produtiva para atender à grande demanda dos data centers de IA.

O que está acontecendo agora é a materialização do pior cenário previsto. A produção de memórias HBM (para GPUs de IA) e RDIMM DDR5 (para servidores) tornou-se prioridade máxima, canibalizando as linhas de produção de memórias convencionais DDR4 e DDR5.

IA demanda cada vez mais memória do mercado

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Já havíamos alertado que a priorização das Big Techs nos data centers estava criando uma fila onde o consumidor final é o último a ser atendido. Agora, com as fabricantes de hardware limpando o mercado para garantir seus próprios estoques e evitar paradas de produção, a disponibilidade no varejo deve despencar rapidamente.

O impacto no bolso não é mais uma especulação, já é uma realidade em andamento. A Samsung, por exemplo, já vinha recusando novos contratos e aplicando reajustes pesados. O reflexo disso foi visto recentemente, com kits de memória DDR5 dobrando de preço em questão de semanas, atingindo valores históricos.

Em mercados como o Japão, a situação já atingiu níveis críticos, com lojas limitando a quantidade de pentes de memória e SSDs que cada cliente pode comprar para evitar o esgotamento total.

A situação não deve melhorar tão cedo. Simon Chen, presidente da ADATA, já classificou o momento atual como uma escassez "sem precedentes" na história do mercado. Com as fabricantes presas em contratos de longo prazo com gigantes da tecnologia, a previsão é que essa crise de oferta se estenda, no mínimo, até 2026.

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Fonte: DigiTimes