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Jim Keller critica “amontoado de coisas” da arquitetura CUDA

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/NVIDIA
Divulgação/NVIDIA

Um dos engenheiros responsáveis pela arquitetura x86, Jim Keller, criticou a arquitetura CUDA da NVIDIA, afirmando ser um “acumulado de coisas”. Keller usa a expressão “moat”, que se refere a projetos executados de forma ideal, criando “fossos” competitivos sobre a concorrência.

Segundo o arquiteto de hardware, a arquitetura CUDA está bem longe de ser um “fosso” e se assemelha mais a um “pântano”, onde diversas tecnologias diferentes são aplicadas em um conjunto que funciona. Tecnicamente, a própria arquitetura x86 segue o mesmo princípio, com os muitos coprocessadores e aceleradores acumulados ao longo dos anos, introduzindo mais conjuntos de instruções para diferentes tarefas.

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Ninguém escreve para CUDA

Pensando em termos programação, tanto CUDA quanto x86 combinam componentes especializados para diferentes funções, não fazendo muito sentido escrever diretamente em uma linguagem basal que cubra todas as funções. Essencialmente, cada desenvolvedor irá escrever os códigos em linguagens de alto nível específicas para as tarefas de sua aplicação.

Essa é, inclusive, a principal vantagem de arquiteturas CISC, já que não é necessário utilizar, ou sequer conhecer, todos os aceleradores embarcados naquele chip. Assim como em x86 existem os aceleradores MMX, AVX2, SSE, FMA3 e assim por diante, em CUDA é possível programar especificamente para TensorRT ou Triton, por exemplo.

Arquiteturas complexas avançam conforme a demanda sem descartar componentes anteriores, garantindo que tecnologias antigas ainda terão algum suporte dentro de uma dada plataforma CISC. Pode não ser uma evolução completamente planejada, mas é ideal para facilitar ao máximo o desenvolvimento de software para aquele ecossistema.