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HDMI 2.1a: o que muda com o novo padrão

Por| Editado por Wallace Moté | 17 de Janeiro de 2022 às 19h00

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Michi-Nordlicht/Pixabay
Michi-Nordlicht/Pixabay

Grupo das principais empresas de eletrônicos do mundo responsáveis por definir as especificações do conector de vídeo HDMI, o HDMI Forum esteve entre as manchetes nas últimas semanas por estabelecer algumas mudanças confusas. Agindo de maneira similar ao USB-IF, órgão dedicado a conexões USB, a associação definiu que o HDMI 2.0 seria encerrado e assim incorporado ao HDMI 2.1.

A medida causou grande alvoroço, já que agora TVs e monitores com HDMI 2.1, antes referência para suportar reprodução de conteúdo em até 4K a 120 Hz, poderiam acabar apresentando performance inferior em determinados modelos, que antes continham a denominação do HDMI 2.0. Para completar, o grupo lançou ainda um novo padrão: o HDMI 2.1a.

O que muda com o HDMI 2.1a?

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Oficializado durante a Consumer Electronics Show (CES) 2022, o HDMI 2.1a é basicamente uma revisão modesta do padrão 2.1, como sugere a adição da letra a. O protocolo mantém as características implementadas no HDMI 2.1 tradicional, como o suporte a telas 4K a 120 Hz ou 8K a 60 Hz, tendo como única diferença a adição de um recurso que promete facilitar o consumo de conteúdo em HDR: o Source-Based Tone Mapping (SBTM), ou Mapeamento de Cores Baseado na Fonte, em tradução livre.

Resumidamente, o Tone Mapping é um recurso pelo qual os dispositivos eletrônicos mapeiam um conjunto de cores de maior cobertura para ser exibido em um display com menor cobertura de tons, e é bastante comum em TVs, monitores, celulares e outros aparelhos que suportem conteúdo em HDR, que exige coberturas mais amplas de cores.

De maneira simplificada, o processo converte cores de uma cobertura de cor maior, como o DCI-P3, para uma gama de menor alcance, como o sRGB, permitindo que mídia em HDR possa ser reproduzida em telas SDR, que não suportem a tecnologia, de maneira correta, sem apresentar artefatos como o estouro de brilho.

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Apesar de ser bastante funcional, o método frequentemente requer ajustes dos usuários, para garantir a fidelidade e a qualidade final da imagem. O SBTM é uma técnica que busca contornar esse problema, ao entregar nas mãos do dispositivo o processo de mapeamento.

Na prática, isso significa que o usuário não precisará mais realizar ajustes — o aparelho de reprodução, como um computador ou um videogame, já realizará o mapeamento automaticamente, estabelecendo uma comunicação com o display para configurá-lo.

Um ponto interessante é que o SBTM já era um dos requisitos para telas que adotassem a tecnologia FreeSync Premium Pro/FreeSync 2 da AMD — a diferença é que, agora, a função será implementada diretamente nas portas HDMI, estando assim disponível também para usuários de chips gráficos de outras companhias.

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O restante das capacidades do HDMI 2.1 também está presente no HDMI 2.1a, incluindo:

  • HDR Dinâmico, que realiza ajustes de cores, contraste, brilho e outros aspectos cena a cena;
  • Auto Low Latency Mode (ALLM), que ativa as configurações de menor latência da TV ou monitor automaticamente;
  • Suporte a taxas de atualização entre 50 Hz e 120 Hz;
  • 32 canais de áudio;
  • Largura de banda de 48 Gb/s.

Atenção ao HDMI e recursos embarcados

Um ponto importante a se destacar, e motivo das discussões acaloradas que ocorreram recentemente envolvendo o protocolo HDMI, foi a já citada junção do protocolo HDMI 2.0 com o HDMI 2.1. Questionado sobre os motivos para isso ser feito, o HDMI Forum explicou ao portal TFTCentral que os protocolos HDMI são "um conjunto que contém todos os padrões anteriores".

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Isso quer dizer que as características do HDMI 2.0 se tornaram requisitos do HDMI 2.1, enquanto os recursos adicionados com HDMI 2.1 são, na verdade, opcionais. Da mesma forma, quando for lançado, o protocolo HDMI 2.1a absorverá os protocolos 2.0 e 2.1, por se tratarem do mesmo conjunto, mas não exigirá dos fabricantes a adoção dos recursos novos, como o próprio SBTM.

A associação também argumenta que "padrões sempre funcionaram desse jeito", e que esse formato em que certo recursos são opcionais entrega maior flexibilidade às fabricantes, para implementarem o que acharem melhor dependendo do segmento em que o produto for encaixado. Fora isso, o grupo diz ainda que as empresas são obrigadas a listar quais recursos são suportados pelo hardware e deixá-los bem explicados aos usuários.

Diante disso, na hora de comprar um novo monitor, TV ou outro dispositivo que trabalhe com HDMI, é necessário ter atenção redobrada para se ter certeza que o aparelho suporta a lista completa de funcionalidades oferecidas pelo HDMI 2.1a. Confira a lista de especificações divulgada pela marca, e, no caso de dúvidas, pesquise por sites especializados que tragam fichas técnicas mais extensas.

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Tenha atenção também na hora de adquirir um cabo, que precisa atender a determinados requisitos para entregar o desempenho completo do padrão HDMI 2.1 ou 2.1a. O acessório precisa estar identificado como "Ultra High Speed HDMI Cable" na caixa e no próprio corpo, além de trazer selo holográfico com QR Code que certifique suas capacidades.

Fonte: The Verge, ExtremeTech (1, 2)