Hardware importado aos EUA não é isento de tarifas, diz Trump
Por Raphael Giannotti • Editado por Jones Oliveira |

A guerra tarifária iniciada por Donald Trump trouxe uma situação controversa nos últimos dias. Uma publicação do governo dos EUA na última sexta-feira (11) afirmou que produtos eletrônicos variados estariam livres das taxas de importação, ao menos por enquanto. Mas isso não irá acontecer: em publicação nas redes sociais neste domingo (13), o presidente estadunidense disse que "ninguém está livre", principalmente a China.
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O maior alvo do presidente dos EUA é a China, uma das maiores responsáveis pela produção de eletrônicos em todo o mundo. Smartphones, componentes de PCs e consoles de videogames são só alguns deles. O país foi atingido por tarifas mínimas de 145%, algo que encareceria muito os eletrônicos importados aos EUA.
Trump comenta sobre isenção de tarifas
Ainda em sua publicação na Truth, o Trump afirmou que "ninguém está se 'livrando' das balanças comerciais injustas e das barreiras tarifárias não monetárias que outros países usaram contra nós, especialmente a China que, de longe, nos trata pior".
"Não houve nenhuma 'exceção' tarifária anunciada na sexta-feira. Esses produtos estão sujeitos às Tarifas de Fentanil de 20% existentes e estão apenas sendo transferidos para um 'balde' tarifário diferente. As Fake News sabem disso, mas se recusam a noticiar".
Trump também disse estar analisando a indústria de semicondutores, grande parte concentrada na China e, principalmente, Taiwan, para chegarem a uma conclusão sobre como lidar com essa questão. O presidente dos EUA reforça que a mensagem era sobre trazer a fabricação para território estadunidense.
Os EUA contam com algumas empresas de semicondutores, como a Texas Instruments e Broadcom, entre outras. Mas é a Intel o maior foco do país, já que ela busca independência no processo de manufatura de semicondutores e é uma empresa líder do mercado mundial de tecnologia, embora atravesse a pior crise de sua história atualmente.