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Crise dos chips poderá durar até 2024, afirma CEO da Intel
Em entrevista concedida a um portal de notícias americano, o CEO da Intel Pat Gelsinger afirmou que a crise dos chips poderá durar até 2024. Para ele, a escassez de componentes atingiu níveis profundos da indústria, e por isso a recuperação será mais lenta que o esperado.
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O prazo citado por Gelsinger é um pouco mais longo em relação a previsões anteriores, que apontavam para uma normalização em 2023 ou mesmo a partir do segundo semestre de 2022. Entretanto, o executivo afirmou que ferramentas importantes de montagem começaram a ser afetadas, impedindo a operação em um ritmo anterior ao início da crise.
O principal motivo causador deste panorama é a pandemia de covid-19, que atingiu os países de forma mais abrangente no início de 2020. No ano seguinte, a crise se intensificou por conta de grandes paralisações em fábricas asiáticas, além de dificuldades logísticas generalizadas.
O panorama afeta os preços e disponibilidade de celulares e outros dispositivos eletrônicos. Marcas como Samsung e Xiaomi precisaram adiar o lançamento de alguns modelos em vários meses — mesma situação é vista em relação ao Pixel 6a, próximo modelo intermediário do Google.
Como a utilização de chips semicondutores em produtos diversos é cada vez mais comum, a produção de automóveis e eletrodomésticos também foi afetada. Marcas como GM, Ford e Mercedes reduziram as suas operações pela falta de componentes necessários.
Além disso, as consequências da crise são sentidas em diversos países: nos Estados Unidos, as taxas de inflação são as maiores registradas desde o início dos anos 80.
Crise dos chips não impede investimentos futuros
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Mesmo em uma conjuntura pouco favorável, diversas fabricantes de semicondutores aumentaram as suas estruturas. A própria Intel anunciou recentemente o investimento próximo a 19 bilhões de dólares (cerca de R$ 94 bilhões em conversão direta) em fábricas localizadas na Alemanha — também são previstas novas construções em outros países europeus, e nos Estados Unidos.
Tais investimentos são justificados pela alta demanda por produtos para uso em ambientes domésticos, que disparou por conta das medidas de isolamento. Dispositivos como notebooks e tablets obtiveram grandes vendas para trabalho em home office, mas também com foco em entretenimento virtual, por exemplo.
Fonte: CNBC
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