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CEO da Intel afirma que companhia ultrapassará lei de Moore nos próximos anos

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Divulgação/Intel
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Em entrevista concedida em um evento online, o CEO da Intel Pat Gelsinger afirmou que a marca deverá ultrapassar as estimativas da lei de Moore, além de alcançar concorrentes em 2024 e ultrapassá-los em 2025.

Apesar do que a nomenlactura pode sugerir, a lei de Moore não tem relação com processos naturais, mas diz respeito a um padrão de desenvolvimento de tecnologias para produção de semicondutores. A lei foi observada por Gordon Moore em 1965, e diz que a quantidade de transistores em uma plataforma deve dobrar a cada dois anos, enquanto a capacidade de processamento dos dispositivos dobra a cada 18 meses, sem grandes aumentos nos custos de produção e venda.

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Ao longo dos mais de 50 anos de existência da lei de Moore, as fornecedoras já tiveram alguns momentos de dificuldade para alcançar o ritmo proposto por ela. Porém, de acordo com Gelsinger, a lei "está viva e passa bem", por conta do surgimento de algumas inovações na área.

O otimismo do CEO contrasta com os resultados registrados pela Intel nos últimos cinco anos, em que a companhia viu concorrentes como TSMC e Samsung tomarem a liderança em status e avanço de suas tecnologias, já que gerenciaram de forma mais eficiente a transição para processos de 10 nanômetros, enquanto a Intel ficou estagnada nos 14 nanômetros por um período considerável.

Nos últimos anos, a lei de Moore tem sido interpretada de forma diferente em comparação com décadas anteriores. Como o desenvolvimento geral está fazendo com que elementos dos chips cheguem a dimensões minúsculas, o custo para alcançar novos marcos se torna cada vez mais inviável — além disso, problemas relacionados a consumo de energia costumam provocar limitações nas velocidades de clock dos componentes. Por isso, ficou mais comum relacionar a lei com o progresso de performance em equilíbrio com a potência utilizada, em vez de considerar somente a quantidade de transistores.

Porém, Pat Gelsinger fez questão de afirmar que se referia à concepção tradicional da lei de Moore, e que deverá "dobrar a curva [do gráfico] em mais do que o dobro a cada dois anos", em alusâo à quantidade de transistores nas suas plataformas. No momento, a Intel está produzindo e entregando os chips da série Alder Lake de 12ª geração para PCs, com litografia de 10 nanômetros e um processo de manufatura denominado de Intel 7.

Outras melhorias na produção de chips

No mesmo evento, Pat Gelsinger mostrou dois pontos que considera importantes para fazer com que a Intel reassuma a liderança em avanço de suas tecnologias. O RibbonFET — também conhecido como "Gate-All-Around" — permite uma utilização de mais camadas para controlar a passagem de corrente elétrica, com um revestimento mais completo que possibilita uma maior eficiência e distâncias ainda menores entre os transistores.

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Já o PowerVia mudará as etapas de processamento, pois os novos chips poderão extrair a energia elétrica em uma de suas pontas, enquanto as conexões para comunicação de dados ficam do outro lado. Atualmente, as duas funções são acumuladas em apenas um lado, o que provoca uma limitação na miniaturização dos elementos.

Assim como outras companhias, espera-se que a Intel comece a implementar a utilização de raios ultravioleta extremos (EUV) para a produção de seus semicondutores, o que deverá cortar etapas e simplificar o processo — porém, a mudança tem um custo bastante alto para as marcas.

Fonte: Cnet