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AMD está trabalhando em arquitetura “ambidestra” para processadores

Por| 12 de Maio de 2014 às 14h02

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AMD está trabalhando em arquitetura “ambidestra” para processadores
AMD está trabalhando em arquitetura “ambidestra” para processadores
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A busca por integração e funcionamento que traga o melhor das plataformas desktop e móvel é o que está movendo a AMD neste momento, enquanto a empresa trabalha em um esforço para unir as arquiteturas ARM e x86. No que está sendo chamado pela imprensa de um esforço “ambidestro”, a fabricante de chips pretende unir o melhor das duas tecnologias e utilizar esse combinado tanto em smartphones e computadores para usuários finais quanto em data centers e servidores.

Como cita o Tech Guru Daily, é uma ideia que há apenas alguns anos seria considerada fadada ao fracasso. Com a evolução das duas arquiteturas em seus respectivos campos, porém, trata-se de uma evolução natural dos sistemas de informática, principalmente quando se leva em conta a integração cada vez maior entre sistemas no mercado de tecnologia e a necessidade de se ter sistemas acessíveis em diversos dispositivos diferentes.

Basicamente, a ideia da AMD é permitir que fabricantes de infraestrutura e equipamentos para o consumidor final possam criar dispositivos baratos e flexíveis que trabalhem de acordo com a demanda e necessidades de cada usuário ou solução. Com isso, caem os preços e até mesmo a necessidade de espaço físico, além de tornar o desenvolvimento de soluções e a manutenção mais simples.

Esse híbrido, por exemplo, poderia dar a computadores e notebooks comuns um poder de processamento maior durante estados de economia de energia, permitindo que atividades de automação, alertas e backups, por exemplo, continuem acontecendo. Por outro lado, sistemas “menores” como celulares ou tablets poderiam ganhar funções avançadas e rodar jogos ou outros softwares que exigem alto poder de processamento, tornando o uso deles mais portátil.

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Já para o mercado corporativo, trata-se de uma ideia voltada à economia relacionada não apenas a uma eventual queda no preço e na necessidade de infraestrutura diferente para diversas aplicações, mas também de gerenciamento inteligente de energia e poder de processamento. Com isso, os servidores poderiam, por exemplo, entrar em um modo de baixo consumo durante períodos de baixa exigência e ganhar desempenho adicional em situações de alta necessidade.

Facilidade de upgrade

Sonhando alto, a AMD também está pensando em apostar na computação modular com esse tipo de arquitetura híbrida. Assim como no Project ARA, do Google, que prevê a “montagem” de um celular com diversas funções a partir de componentes adquiridos separadamente, a ideia da fabricante é facilitar a atualização de soluções sem que seja preciso comprar um equipamento completo e totalmente novo.

A ideia, por exemplo, é que um PC simples possa operar como um sistema de automação caseira a partir de um processador ARM, por exemplo. Caso o usuário deseje dar funções mais avançadas àquela máquina, porém, bastaria aplicar uma arquitetura semelhante, mas x86, à máquina, fazendo com que as soluções que funcionavam antes continuem operando, mas adicionando novas de acordo com a necessidade do momento.

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Além disso, o projeto coloca a AMD em um caminho de inovação, que substituiria a visão de “seguidora da Intel” que muitos analistas de mercado possuem dela até hoje. Trata-se de uma aposta ousada, mas que, se funcionar, pode trazer benefícios não apenas para a companhia em si, mas também para o mercado de tecnologia como um todo.

Tudo isso, claro, ainda está em fase inicial de protótipo e, por mais que a integração seja uma ideia bastante real, ela ainda está longe de ganhar aplicação prática e chegar ao mercado. A ideia, porém, é que a arquitetura comece a aparecer por aí já nos próximos anos.