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Hackers russos são acusados ​​de atacar pesquisadores de vacinas contra COVID-19

Por| 16 de Julho de 2020 às 16h00

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Pixabay
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Nesta quinta-feira (16), hackers russos foram acusados de atacar pesquisadores do Reino Unido, EUA e Canadá que desenvolvem vacinas contra o coronavírus, de acordo com um relatório dos serviços de inteligência dos respectivos países. Esse grupo de hackers é conhecido como Cozy Bear ou APT29, e também é acusado de hackear um comitê do partido Democrata dos Estados Unidos nas eleições presidenciais de 2016 e atacar o governo da Noruega em 2017.

De acordo com as informações do National Cyber ​​Security Centre, do Reino Unido, ao longo de 2020, o APT29 focou em várias organizações envolvidas no desenvolvimento de vacinas COVID-19, provavelmente com a intenção de roubar informações e propriedade intelectual relacionadas ao desenvolvimento e teste dessas vacinas.

Segundo esse comunidado do National Cyber ​​Security Centre o grupo "usa uma variedade de ferramentas e técnicas para atacar alvos governamentais, diplomáticos, think tanks, organizações de saúde e energia para roubar inteligência” e está usando um malware que os próprios hackers desenvolveram para praticar as ações, conhecido como “WellMess” e “WellMail“.

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“É completamente inaceitável que a inteligência russa esteja atacando aqueles que estão trabalhando para combater a pandemia de coronavírus”, disse o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab. “Enquanto outros buscam interesses egoístas, o Reino Unido e seus aliados trabalham duro para encontrar uma vacina e proteger a comunidade global”, continuou o representante do governo.

No entanto, em meio a um período de tantas incertezas, não é a primeira vez que isso acontece. No início deste ano, hackers vietnamitas almejaram invadir os ministérios do governo chinês para coletar dados, enquanto em maio, hackers patrocinados pelos governos iraniano e chinês também foram acusados de tentar roubar informações de pesquisas sobre vacinas.

A corrida por uma vacina tem mexido muito com a política, e espera-se que os países façam o possível para garantir que suas populações sejam vacinadas. O curioso é que, na maioria das vezes, as vacinas não são secretas. Eles são descritas em relatórios científicos e sua composição é conhecida — embora detalhes de sua fabricação e acordos de fornecimento possam ser segredos valiosos. Por enquanto, grandes candidatas a vacinas contra COVID-19 estão em andamento, como a de Oxford ou a do Instituto Butantan.

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Fonte: NSCS via MIT Technology Review