TST determina fim da greve e Correios voltarão nesta terça (22)
Por Ramon de Souza | 21 de Setembro de 2020 às 20h10
A greve dos Correios finalmente chegou ao fim. Após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os funcionários da estatal precisam retomar suas atividades já nesta terça-feira (22), sob risco de multa de R$ 100 mil por dia. Os colaboradores estavam parcialmente paralisados desde o dia 17 de agosto, lutando contra uma série de medidas propostas para economizar os cofres da companhia de correspondências.
- Correios decretam greve por tempo indeterminado
- Ministro da Economia propõe novo imposto para taxar compras em lojas online
- Privatização dos Correios: entenda o que vai acontecer com sua encomenda
A decisão do TST simboliza uma derrota para a estatal: ela não queria aplicar reajuste salarial, mas será obrigada a arcar com uma correção de 2,6% — um valor bem menor do que o requisitado pelos funcionários grevistas, que almejavam 5%. O ponto mais crítico da negociação, porém, foi em relação ao extermínio e às alterações de mais de 70 benefícios que historicamente são concedidos aos colaboradores da empresa.
O adicional de férias, por exemplo, era de 2/3 do salário, e agora será de 1/3 (tal como nas regras da CLT), o que, de acordo com os Correios, será o suficiente para gerar uma economia de R$ 600 milhões por ano. A licença-maternidade também sofrerá alterações — se hoje a classe tem 180 dias de descanso, agora ela terá 120 dias, a mesma quantia oferecida no mercado de trabalho para contratos CLT.
Recentemente, em entrevista à coluna Tilt, Floriano Peixoto, presidente dos Correios, afirmou que a extinção ou redução dos 70 benefícios resultaria em uma economia na ordem de R$ 800 milhões por ano. Mesmo que a demanda pela estatal tenha aumentada após a pandemia da COVID-19 (com a aceleração do e-commerce), esse dinheiro é mais seria necessário para suprir um déficit de R$ 2,4 bilhões.
Fonte: Tilt