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Quais as vantagens da conversão direta de moedas entre Brasil e China?

Por| Editado por Claudio Yuge | 30 de Março de 2023 às 19h20

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Reprodução/leungchopan (Envato)
Reprodução/leungchopan (Envato)

Nesta quarta-feira (29), o Banco Central do Brasil (BACEN) informou que assinou um memorando de entendimentos com o Banco Central da China (PBC) para viabilizar um instrumento financeiro que permita que as transações feitas em yuan sejam convertidas em reais, sem a necessidade de usar o dólar norte-americano como intermediário.

A China e o Brasil são grandes parceiros comerciais desde 2009. Somente no último ano, a corrente de comércio — incluindo exportações e importações — atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões, ou cerca de R$ 767,4 bilhões em conversão direta.

O BACEN afirma que o acordo prevê que o PBC indique uma instituição autorizada a operar o câmbio no Brasil, atuando como uma "offshore clearing bank no Brasil". A instituição ainda reforça que esta é uma iniciativa chinesa que já está presente em mais de 25 países.

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Benefícios da medida para o Brasil

Segundo informou a autarquia, a implantação tem o potencial de trazer benefícios para os modelos de negócio que envolvem a utilização do yuan no Brasil, como: aumento da liquidez local de yuan; manutenção de reservas cambiais em moeda forte no país; redução de intermediários nos pagamentos internacionais; aproximação do sistema de pagamentos local ao chinês.

Para Raphael Carnavalli, Marketing and Sales Director da Frete Rápido, a medida traz muitas vantagens em relação aos custos dos produtos: "vender e comprar em dólar, por exemplo, deve-se incluir taxas de conversões, o que acaba por deixar o produto mais caro".

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O executivo ainda ressalta que, ao eliminar os intermediadores, crescem os ganhos e a concorrência. Sendo assim, lojistas brasileiros que importam produtos poderão usufruir de preços menores e uma disponibilidade maior de produtos para o público. "Veja que todas as pontas ganham e não somente uma", afirma Carnavalli.

Impacto nas gigantes chinesas

Quando questionado sobre como o acordo impactaria a relação entre os e-commerces chineses — como AliExpress e Shein — com o Brasil, o especialista afirma que essas empresas terão ainda mais poder na negociação. No entanto, ele ressalta que preço só é um dos pontos para que um consumidor realize uma compra.

"Recentemente pesquisas mostraram que clientes se relacionam com marcas que estão diretamente ligadas aos seus valores, como respeito a profissionais, natureza, etc. Essa é uma estratégia perfeita para que e-commerce brasileiros conquistem compradores brasileiros", conclui.