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Governo divulga novas recomendações para isolamento; entenda o que pode mudar

Por| 07 de Abril de 2020 às 19h30

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CNBC
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Depois de muito diálogo e discussões sobre a necessidade ou não do distanciamento social, o Ministério da Saúde chega a uma nova orientação sobre a medida, que continua sendo indispensável diante da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), mas pode ter sua intensidade alterada.

A partir da próxima segunda-feira (13), os municípios e estados do país que não tiveram ultrapassado o percentual de 50% de ocupação dos serviços de saúde, como vagas de UTI com pacientes confirmados ou suspeitos para a COVID-19, podem iniciar uma transição do isolamento mais severo para um formato onde apenas determinados grupos permaneçam isolados.

No entanto, a medida só é recomendada desde que haja oferta de leitos e respiradores, além de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras descartáveis e álcool em gel 70%, para o trabalho de profissionais de saúde e o atendimento seguro dos pacientes. Independente disso, a decisão final cabe às autoridades locais.

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Essa nova recomendação foi divulgado no Boletim Epidemiológico Especial sobre Coronavírus, publicado, ontem (6), pelo Ministério da Saúde.

Novas orientações

Essa nova orientação visa considerar a diversidade do território brasileiro, com seus mais de cinco mil municípios, frente àinteriorização do coronavírus no país. De acordo com secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, “discutimos melhor com os estados e municípios de maneira em que não se tomasse medidas idênticas para situações completamente diferentes”.

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“Nós criamos parâmetros de circulação de vírus e parâmetros de utilização de leitos que possam possibilitar que o gestor tome essas medidas de quarentena com mais segurança. Para tomarmos essa atitude precisamos estar seguros do ponto de vista de EPIs, leitos de retaguarda, de UTI, e recursos humanos”, ressaltou ainda Gabbardo.

O objetivo da nova medida é potencialmente promover o retorno gradual da circulação de pessoas, incluindo as atividades comerciais, com segurança, e evitando uma possível explosão de casos. A recomendação também procura garantir que os sistemas de saúde locais consigam dar a assistência adequada de saúde à população.

No entanto, os locais que apresentarem um coeficiente de incidência 50% superior à estimativa nacional devem manter as medidas já adotadas de distanciamento social, ou seja, de todos os setores da sociedade, até que os materiais e insumos de saúde sejam suficientes, considerando cenários de possível piora no número de infeções por COVID-19.

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DAS X DSS

Atualmente, a medida utilizada pela maioria das regiões do país é o Distanciamento Social Ampliado (DAS), ou seja, quando todos os setores da sociedade precisam permanecer em suas residências, enquanto durar a decretação da medida de isolamento estipulada pelos gestores locais.

Já nos locais onde os casos confirmados não tenham impactado em mais de 50% da capacidade do sistema de saúde, o Ministério da Saúde indica a transição para o Distanciamento Social Seletivo (DSS). Nestes casos, apenas alguns grupos permanecem isolados, como idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou que apresentem condições de risco, como obesidade e gestação de risco. Nesse cenário, pessoas com menos de 60 anos poderiam circular livremente, desde que assintomáticas.

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Até o momento, somente os estados de São Paulo (10,5), Rio de Janeiro (8,4), Ceará (11,0), Amazonas (12,6) e Distrito Federal (15,5) apresentam coeficiente de incidência superior à média nacional, que é de 5,7 a cada 100 mil habitantes.

Fonte: Ministério da Saúde