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Quando o PS4 foi lançado? A história do console da Sony

Por  • Editado por  Bruna Penilhas  | 

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Divulgação/Sony Interactive Entertainment
Divulgação/Sony Interactive Entertainment
PlayStation 4

Com mais de 116 milhões de unidades vendidas no mundo todo, o PlayStation 4 é um dos videogames mais bem sucedidos da Sony. O console de oitava geração foi lançado em 2013 na América e na Europa, e em 2014 no Japão.

No Brasil, ele chegou no dia 29 de novembro de 2013, custando R$ 4 mil — um preço bastante elevado para a época. O valor baixou para R$ 2.599 em 2015, quando o aparelho passou a ser fabricado no país, mas era possível encontrá-lo por R$ 2 mil em promoções no varejo.

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Muito além do hardware poderoso, o console ficou marcado, principalmente, pelos seus grandes jogos exclusivos: muitos ousaram em gráficos, gameplay e narrativas cinematográficas. Também foi nesta geração que a Sony apostou em realidade virtual, com o PS VR, e em atualizações de hardware mais frequentes, com o PlayStation 4 Pro.

A seguir, o Canaltech relembra a história do console e seus melhores (e piores) momentos.

Xbox One com problemas, PS4 decolando

Digamos que a Sony teve um pouco de sorte no pré-lançamento do PlayStation 4. Na época, Sony e Microsoft apresentaram visões de futuro bastante distintas, e o Xbox One, principal concorrente do PS4, teve uma recepção bem ruim por parte do público.

A ideia da Microsoft era tornar o Xbox One um hub de entretenimento tudo em um. Os eventos de apresentação do aparelho foram marcados por demonstrações de TV ao vivo, esportes, filmes e mais, enquanto os jogos ficavam em segundo plano. O console também precisava ficar conectado o tempo todo à internet, os jogos tinham travas regionais e não seria possível emprestar discos físicos aos amigos, por exemplo.

A Sony aproveitou esse desgaste e passou a zombar da Microsoft, afirmando que o PlayStation era a melhor opção para gamers aproveitarem jogos com liberdade. A empresa até gravou um tutorial de como emprestar jogos aos amigos, tudo com apenas um passo. Assista abaixo (em inglês):

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Aprender com os erros

Outro fator positivo para a Sony foi o medo constante de errar, como ela fez na geração do PlayStation 3. O console foi lançado um ano após o Xbox 360 — que, na época, já estava perto das 10 milhões de unidades vendidas — e por um preço mais caro: US$ 200 dólares a mais. Criar jogos para o PS3 também era difícil, visto que o aparelho tinha um microprocessador proprietário, exigindo muita dedicação exclusiva.

Não à toa, o desenvolvimento do PS4 começou em 2008, cerca de cinco anos antes do lançamento. A empresa ouviu o feedback de desenvolvedores e de distribuidores, e tornou a plataforma muito mais amigável e fácil de se trabalhar, principalmente para jogos multiplataforma. Por exemplo, a Bungie, desenvolvedora de Halo e Destiny, trabalhou lado a lado com a Sony para desenhar o controle DualShock 4, de modo que o acessório fosse confortável e fácil de usar em jogos de tiro em primeira pessoa (FPS).

Novidades e serviços online

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Por falar no controle, o DualShock 4 ganhou alguns recursos interessantes, como um botão que permite gravar trechos do gameplay e compartilhá-los nas redes sociais. Também vimos uma barra luminosa, a qual mudava de cor dependendo do jogo, um touchpad e um mini alto-falante embutido. Está sem um controle em mãos? Sem problemas: você pode usar um portátil PS Vita para substituí-lo, caso o tivesse.

Os serviços online também foram melhorados, como a loja digital PlayStation Store e a rede PlayStation Network, que permite a jogatina multiplayer online. A empresa lançou o PlayStation Now, serviço de streaming de jogos na nuvem para console e PC que, infelizmente, nunca chegou ao Brasil (o concorrente, Xbox Cloud Gaming, já aterrissou no país). Teve até um serviço para assistir televisão no console, o PlayStation Vue, mas ele “flopou” e foi desativado em 2019.

Novos acessórios, consoles e aposta em VR

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Em 2016, a Sony lançou novas versões do console: o PlayStation 4 Slim e o PlayStation 4 Pro. Não se tratava do lançamento de uma nova geração, mas sim de um complemento: todos os jogos rodariam em todos os aparelhos, quaisquer que fossem.

O PS4 Slim chegou para substituir o PS4 base, sendo uma versão menor e mais leve do aparelho; já o PS4 Pro tem um hardware mais avançado, capaz de rodar jogos 30% mais rápidos, gráficos em 4K e com resolução HDR — não à toa, o aparelho era vendido por um valor mais elevado: R$ 3 mil. Apesar de já ser comum a Sony lançar versões Slim dos seus consoles, essa foi a primeira vez que a empresa melhorou os componentes internos no meio da geração.

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Porém, a maior inovação de 2016 talvez tenha sido o PlayStation VR, um headset de realidade virtual que veio para competir com concorrentes como HTC Vive e Oculus Rift. A caixa do aparelho ainda contém uma PlayStation Camera, a sucessora espiritual do PlayStation Eye do PS2.

Os principais jogos do PS4

A geração do PS4 foi marcada, principalmente, pelos seus jogos exclusivos, publicados pela PlayStation Studios. No entanto, a oferta de títulos na época do lançamento não foi lá grande coisa: entre os mais chamativos, estavam Killzone: Shadow Fall e Knack, dois jogos medianos que, convenhamos, foram rapidamente esquecidos pelo público. Para piorar, o console não tinha retrocompatibilidade porque, segundo os executivos, ninguém usa. Vai entender?

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Nos anos seguintes, a situação foi mudando de figura: Infamous: Second Son e LittleBigPlanet 3 fizeram mais barulho em 2014. Depois, os multiplataformas Destiny e Call of Duty passaram a receber conteúdos exclusivos no console graças a parcerias com a Sony.

Porém, os jogos mais marcantes do videogame chegaram anos mais tarde. Estamos falando de God of War, Bloodborne, The Last of Us Part II, Uncharted 4: A Thief's End e Marvel’s Spider-Man, por exemplo. Foi nesta geração que vimos o nascimento de novas franquias, como Horizon Zero Dawn, Ghost of Tsushima e Death Stranding.

O sucessor oficial do produto, o PlayStation 5, foi lançado no final de 2020. A Sony pretendia encerrar a produção do PS4 no fim de 2021, mas a crise mundial de semicondutores obrigou a companhia a recalcular a rota: a empresa investiu em cerca de um milhão de unidades de PS4 para ajudar a compensar a falta de PS5. No entanto, o produto segue sendo uma excelente opção de compra, com uma vasta biblioteca de jogos excelentes.

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Com informações: IGN, IGN Brasil, Tech Radar