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Metroid Dread: desenvolvedores afirmam que não foram creditados

Por| Editado por Bruna Penilhas | 14 de Outubro de 2021 às 17h49

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Captura de tela: Durval Ramos/Canaltech
Captura de tela: Durval Ramos/Canaltech

A MercurySteam, desenvolvedora espanhola responsável por Metroid Dread, o mais recente lançamento da Nintendo, está envolvida em uma polêmica bastante delicada. Alguns desenvolvedores que trabalharam na produção do jogo alegam que não tiveram seus nomes incluídos nos créditos.

De acordo com o site Vandal, a acusação foi levantada pelo artista 3D Roberto Mejías em seu perfil no LinkedIn. Ele disse que não ficou surpreso com a qualidade do jogo porque sabia que muitas das pessoas envolvidas eram talentosas. “Eu sei disso porque, apesar de não ter sido incluído nos créditos do jogo, fiz parte daquela equipe por oito meses”, aponta.

“Enquanto jogava, reconheci alguns assets e ambientes nos quais trabalhei... então meu trabalho está lá. Então, gostaria de perguntar à MercurySteam: por que não apareço nos créditos do jogo? É algum tipo de erro?”, disse o desenvolvedor, que finaliza a mensagem parabenizando a equipe de Metroid Dread

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Outro funcionário, que conversou anonimamente com o site, disse que trabalhou no estúdio durante 11 meses. Mesmo assim, ele não viu seu nome nos créditos. “Não creditar o trabalho da equipe, que coloca todo o amor e esforço no projeto, é uma prática muito feia”, disse. Tanto ele quanto Mejías não trabalham mais na MercurySteam.  

Estúdio explicou porque funcionários não foram creditados

Em comunicado oficial enviado ao Vandal, a MercurySteam explicou que “a política do estúdio exige que qualquer pessoa tenha trabalhado, no mínimo, 25% do desenvolvimento total do jogo para aparecer nos créditos finais”. No entanto, “às vezes, exceções são feitas quando são contribuições excepcionais”. Rumores indicam que o jogo esteve em desenvolvimento durante quatro anos, sendo que alguns desenvolvedores trabalharam no game por menos de um ano.

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Vale lembrar que essa é uma prática comum na indústria de games, já que os estúdios não seguem nenhuma orientação ou regulação oficial. Algumas empresas, inclusive, usam os créditos para recompensar ou punir seus desenvolvedores: cerca de mil funcionários não foram listados em Red Dead Redemption 2 porque saíram da Rockstar antes do lançamento do jogo, o que vai contra a política do estúdio. 

Fonte: Kotaku, NintendoLife, Vandal