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Ex-executivo da PlayStation critica excesso de jogos longos demais

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/PlayStation
Divulgação/PlayStation

O ex-chefe da divisão PlayStation, Shawn Layden, revelou que não acha positiva a presença de tantos jogos longos na indústria gamer. Para o executivo, o tempo é um fator mais importante até do que o próprio preço quando se discute a popularidade dos jogos nos dias atuais.

Ao Player Driven, Layden afirma que é desnecessário estender a duração de um game para se tornar atrativo ao público. Ele revela que, conforme envelhecemos, nosso tempo é preenchido com compromissos profissionais ou tarefas familiares — algo com que os jogos não deveriam “competir”. 

“Eu não quero que você gaste 100 horas nos meus jogos. Eu quero que você abaixe o controle depois de 20 horas e tenha as mãos suadas”, reforça Shawn Layden.
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Ele também elogia Astro Bot, lançado para o PlayStation 5 em 2024, por saber utilizar todos os recursos do console e da tecnologia disponível para trazer uma experiência agradável aos jogadores.

“A Team Asobi teve acesso a tecnologias infinitas que poderiam usar. Traçar grandes distâncias adiante e usar toda a memória que uma pessoa precisaria. Porém, eles fizeram cada nível ser agradável e preciso”, afirma o ex-executivo da PlayStation.

O profissional encerra falando um pouco mais sobre a sensação que ele tem ao ver uma tendência contrária se fortalecendo. 

“É um sentimento que nós estamos perdendo, em alguns jogos, pelos últimos sete anos. A ideia de uma conclusão”, finaliza Shawn Layden.

Jogos da PlayStation longos demais

Vale notar que a crítica do ex-chefe da PlayStation também se aplica aos jogos da corporação que trabalhou. Uma das maiores críticas relacionadas a The Last of Us Part 2 e God of War Ragnarök, por exemplo, é no quanto eles pareciam mais longos do que a experiência anterior dentro da franquia.

O mesmo vale para outros games como Ghost of Tsushima, A Ascensão do Ronin e até Marvel’s Spider-Man 2 — estes que trazem tanto conteúdo que pode trazer uma sensação de cansaço ao tentar completar todas as tarefas disponíveis dentro da aventura (incluindo side-quests e missões pós-game). 

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No entanto, isso abre um grande debate entre o público e as expectativas do mercado. A ideia de pagar US$ 70 (ou US$ 80 e US$ 90) em alguns jogos para ter uma experiência de 5 a 10 horas não soa nada atrativa para uma grande parcela dos jogadores — então é algo que deve ser melhor equilibrado dentro da indústria gaming. 

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Fonte: Player Driven