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Preview | GhostWire: Tokyo mistura ação, terror e psicodelia

Por| Editado por Bruna Penilhas | 04 de Fevereiro de 2022 às 12h00

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Divulgação/Bethesda Softworks
Divulgação/Bethesda Softworks

Desde que Shinji Mikami, o criador de Resident Evil, deixou a série após o quarto jogo, pouco foi comentado sobre os rumos que a franquia tomou. Em uma rara exceção, Mikami descreveu o trailer de Resident Evil 6, em 2012, como um “filme de ação de Hollywood” que tinha abandonado o terror pela ação. Anos após a declaração, Mikami está de volta e parece disposto a entregar o improvável com Ghostwire: Tokyo: o casamento entre dois gêneros que Resident Evil 6 jamais alcançou.

Ghostwire: Tokyo é o próximo jogo do estúdio de Shinji Mikami, a Tango Gameworks. Publicado pela Bethesda Softworks e dirigido por Kenji Kimura, o título será lançado em 25 de março para PC e exclusivamente para consoles PlayStation 5 por tempo limitado. A convite da Bethesda, o Canaltech participou de uma apresentação para imprensa que mostrou alguns minutos do começo da aventura. As cenas da primeira missão revelam um jogo com potencial para misturar psicodelia com um ritmo alucinante.

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O título é, essencialmente, um terror de sobrevivência, mas em ritmo acelerado. No lugar do suspense e da falta de recursos, o jogador contará com poderes ágeis e espalhafatosos para lidar com inimigos e cenários que, mesmo extremamente coloridos, dão arrepios na espinha.

A história de Ghostwire apresenta uma Tóquio devastada após um evento sobrenatural levar ao desaparecimento de 99% da população. Um grupo enigmático e mascarado assume a responsabilidade pela tragédia e lidera a invasão da cidade por visitantes de outro mundo.

Para lidar com a situação, o jogador controla Akito, um jovem sem experiência que funde seu espírito ao veterano caçador de fantasmas KK e parte pelas ruas de Tóquio para exorcizar as ameaças fantasmagóricas com poderes coloridos e exuberantes.

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O espírito de KK funciona como um tutorial imersivo durante os primeiros momentos de gameplay. No lugar de textos e caixas de diálogo na tela, fica a cargo da voz do personagem instruir como Akito deve lidar com as ameaças dos Visitantes e controlar os novos poderes sobrenaturais. Muitas vezes durante a prévia, o espírito descreve exatamente o que o jogador deve fazer, ideia que pode incomodar se for estendida ao longo da aventura.

A voz de KK deve utilizar os recursos de áudio integrados ao DualSense. Em postagens oficiais sobre o jogo, a desenvolvedora prometeu usar o controle para criar uma espécie de sexto sentido para Akito encontrar inimigos.

Toda a jogabilidade de Ghostwire: Tokyo se passa em primeira pessoa, lembrando a fluidez de movimentação e combate que outros títulos publicados pela Bethesda Softworks conseguiram com essa perspectiva, a exemplo de Deathloop e Dishonored.

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Mas o que brilha realmente no jogo não envolve a movimentação de Akito, mas sim o que vemos por meio dos olhos do personagem. A Tóquio do título é exuberante, graças ao contraste entre luzes e sombras, amplificada pelas tecnologias de ray tracing da nova geração de consoles de placas de vídeo.

Os cenários são ultramodernos, extremamente preenchidos e densos com arranha-céus, santuários tradicionais, becos estreitos, cruzamentos e lojas iluminadas por neon, administradas por gatos vestidos de Yokai. Sim, sem os humanos, Akito irá negociar itens e missões com bichanos trajados em roupas da mitologia oriental.

Os inimigos de GhostWire: Tokyo também são um show visual à parte. Os Visitantes vão de fantasmas muito ágeis que assumiram a forma de estudantes sem cabeça até bonecos inspirados nos tradicionais amuletos do clima chamados teru bozu, que voam pelo ar como se estivessem sendo controlados por cordas invisíveis. As entidades são responsáveis por dar mais profundidade a toda a trama do jogo. As criaturas peculiares que estarão à espreita são personagens de lendas, do folclore e de contos japoneses.

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A página do jogo no Blog do PlayStation promete que cada espírito terá um estilo próprio de ataque e fraquezas, obrigando o jogador a responder rápido para combinar habilidades de maneiras diferentes e se dar bem em combate. Logo nas primeiras cenas do jogo, Akito já tinha à disposição um escudo de energia paranormal para aparar golpes, ataques de rajadas de energia espiritual, um arco e flecha e uma espécie de chicote para amarrar inimigos e exorcizá-los.

Com a bizarrice gráfica dos Visitantes e os movimentos adversários, os combates em Ghostwire: Tokyo parecem encontrar equilíbrio na fusão entre ação desenfreada e uma boa dose de terror com sustos repentinos. Alguns dos visitantes mostrados na prévia são de dar arrepios pelos visuais e pela imprevisibilidade como avançam contra o jogador.

Para situar o jogador que a essa hora pode estar com o hype crescente, as batalhas no jogo soam ágeis como em games da franquia DOOM, mas no lugar de armas temos poderes mágicos para combater inimigos que parecem terem saído de uma versão mais sombria de Scarlet Nexus.

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Além dos combates, algumas outras missões mostradas na prévia colocam Akito para fugir de espaços apertados e que vão mudando de forma e cor. Tudo isso com um tempo pré-estabelecido, ajudando na proposta do game em oferecer uma experiência frenética e assustadora ao mesmo tempo.

Um dos momentos mais arrepiantes da prévia mostrava Akito tentando escapar de um apartamento japonês, enquanto os cômodos mudavam constantemente de forma, alternando entre a normalidade e ambientes angustiantemente vermelhos e sangrentos.

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Como em boa parte dos jogos publicados pela Bethesda, GhostWire: Tokyo também oferece a possibilidade de uma abordagem furtiva para derrubar os Visitantes. Mas, com tantos poderes coloridos e inimigos aterrorizantes à vista, a opção não pareceu tentadora durante a prévia.

Ainda é cedo para afirmar se GhostWire: Tokyo manterá ao longo do jogo a impressionante variedade de mecânicas e o clima de terror e ação que foram destaques na prévia. A fórmula mostrada é promissora e pode indicar o nascimento de mais uma nova vertente de jogos pelas mãos de Shinji Mikami.