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Dia do Orgulho LGBTQIA+ | 10 jogos que abraçam a diversidade

Por| Editado por Jones Oliveira | 28 de Junho de 2022 às 16h25

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Divulgação/Square Enix/Humble Games/Sony
Divulgação/Square Enix/Humble Games/Sony

Junho é considerado o mês do orgulho LGBTQIA+, e existe um motivo para isso: a Rebelião de Stonewall, que ocorreu no dia 28 de junho de 1969. A data marca uma série de protestos em Nova York, nos Estados Unidos, contra a violência policial. O estopim foi uma invasão no bar Stonewall Inn, um local frequentado principalmente por lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, drag queens, pessoas em situação de rua e mais — e que continua aberto até hoje.

Desde então, a comunidade LGBTQIA+ tem conseguido avanços jurídicos e sociais, mas ainda há muito a ser feito. Nos videogames, não é diferente: ainda são poucos os jogos que retratam relacionamentos não heterossexuais, seja por medo da recepção do público ou pela falta de pessoas LGBTQIA+ no desenvolvimento de jogos. Felizmente, esse cenário tem mudado.

Para comemorar o mês do orgulho LGBTQIA+, o Canaltech separou dez jogos que abordam sexualidade e gênero com bastante naturalidade e respeito. Confira:

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10. Life is Strange: True Colors

Life is Strange é uma franquia da Square Enix conhecida por abraçar a diversidade. O primeiro jogo, por exemplo, dá a opção de desenvolver um relacionamento entre Max e Chloe; já em Life is Strange 2, com Sean, romances gays são possíveis e isso sempre é reafirmado pela desenvolvedora.

Em Life is Strange: True Colors, não poderia ser diferente. Este é o primeiro game da série em que o personagem principal é bissexual — e isso é canônico, ou seja, já faz parte da história base, independentemente das escolhas que você fizer.

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Life is Strange: True Colors está disponível para PC, Xbox One, Xbox Series X, Xbox Series S, PlayStation 4, PlayStation 5 e Stadia.

9. Tell Me Why

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Não, não estamos falando da música dos Backstreet Boys. Aqui, o jogo conta a história dos gêmeos Tyler e Alyson enquanto lidam novamente com alguns problemas de infância e como tudo mudou após a morte da mãe. O game foi um marco na indústria de videogames, trazendo o primeiro protagonista transexual jogável, Tyler.

O título foi desenvolvido pela Dontnod Entertainment, a mesma desenvolvedora de Life is Strange 2; ou seja, espere uma história envolvente, cheia de reviravoltas e decisões dramáticas que afetam o desenrolar da trama.

Tell me Why está disponível no PC e Xbox One.

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8. The Last of Us Part II

A trilha de vingança traz Ellie como protagonista da grandiosa franquia da Naughty Dog, no jogo linear de ação em terceira pessoa. O game se passa cinco anos após o primeiro, já com a protagonista mais velha e muito mais experiente.

Um dos pontos do game é o desenvolvimento do relacionamento de Ellie, lésbica, com Dina, bissexual. A trama aprofunda um pouco mais a sexualidade da personagem, explorada no standalone Left Behind, onde a vemos com sua primeira paixão da infância Riley. O game conta ainda com um personagem trans, que não será citado e nem detalhado aqui porque é spoiler importante para a trama.

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The Last of Us Part II está disponível para PS4 e foi recentemente aprimorado no PlayStation 5.

7. Dream Daddy: A Dad Dating Simulator

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Com o próprio nome já sugere, o simulador de encontros coloca o jogador no papel de um pai solteiro, que partirá em busca de um namorado. O jogo foi criado por Arin e Danny do canal Game Grumps no YouTube.

Ao longo da história, a forma como lidar com cada pretendente vai mudando os rumos da história, permitindo variados finais. Toda trama consegue misturar um clima romântico com momentos engraçados de situações corriqueiras de quando se está buscando a alma gêmea.

Dream Daddy está disponível para Android, iOS, PC (Steam), PS4 e Nintendo Switch.

6. UNSIGHTED

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UNSIGHTED é um metroidvania brasileiro, criado por duas mulheres trans: Tiani Pixel e Fernanda Dias, do estúdio indie Pixel Punk. O game conseguiu bater de frente com outros títulos internacionais, e se tornou um dos queridinhos de veículos de mídia e figurões da indústria.

A história do game acompanha Alma, uma robô que acorda em um mundo desolado, após uma guerra contra os humanos, sem lembrar do próprio passado. Aos poucos, suas memórias vão retornando, e ela se lembra de Rachel, sua antiga paixão. O objetivo dela é reencontrá-la a qualquer custo — e salvar todos os robôs da destruição.

UNSIGHTED está disponível para PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

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5. Celeste

Outro jogo indie que vale a pena ser destacado, Celeste foi um dos melhores lançamentos de 2018. A trama acompanha Madeline, uma jovem trans que resolve escalar o topo da montanha Celeste. Ela, porém, precisa lidar com problemas internos, como ansiedade, depressão, ataques de pânico, entre outros.

Quem criou Celeste foi uma mulher trans: Maddy Thorson. Ela escreveu em seu blog pessoal que desenvolver o jogo — e a própria personagem em si — ajudou a lhe aceitar como uma pessoa trans. Nas palavras dela:

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"Criar Celeste com meus amigos me ajudou a chegar ao ponto em que pude perceber essa verdade sobre mim mesma. Durante o desenvolvimento de Celeste, eu não sabia que Madeline ou eu éramos trans. Durante o desenvolvimento do DLC Farewell, comecei a criar um palpite. No pós-desenvolvimento, agora eu sei que nós duas somos."

4. Boyfriend Dungeon

Imagine um hack'n'slash misturado com um simulador de namoro... com espadas... que se transformam em seres humanos. Sim, o cerne de Boyfriend Dungeon parece estranho, mas faz sentido no final: o jogo intercala batalhas com espadas e encontros românticos. Quanto mais "apaixonado" você fica com sua espada, mais forte ela (e você) ficam.

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O game fez um excelente trabalho em trazer pessoas diversas: você pode flertar com homens, mulheres e não-binários (ou seja, que não se identificam com nenhum desses dois gêneros), e escolher seus pronomes na criação do personagem. Ainda é possível desativar as mensagens de texto da sua mãe, caso não se sinta confortável.

Boyfriend Dungeon está disponível para Xbox One, Nintendo Switch e PC.

3. Night in the Woods

Após abandonar a faculdade, Mae Borowski volta para sua cidade natal Possum Springs, buscando retomar sua antiga vida sem objetivo e se reconectar com os amigos que deixou para trás. A trama aborda muitas questões sobre saúde mental.

Dos cinco personagens principais, três são LGBTQIA+. Mae, a protagonista, é pansexual (pessoa que se atrai por todos os tipos de gêneros ou orientações sexuais) e seus amigos Gregg e Angus são um casal gay. A sexualidade dos personagens é bem inserida na trama e conta com alguns momentos chave.

Night in The Woods está disponível para PC e PS4.

2. Dragon Age: Inquisition

O terceiro game do RPG da trilogia Dragon Age, desenvolvido pela BioWare e publicado pela Electronic Arts, em 2014, é um dos mais aclamados do gênero. A história se passa após os acontecimentos do segundo game e colocar o jogador no papel do Inquisidor.

Desde os primeiros jogos, Origins (2009) e Dragon Age 2 (2011), é possível construir relacionamentos com outros personagens não jogáveis. Neste, há um pouco mais de luz no relacionamento com um deles: Dorian Pavus. O mago de Tevinter vem de uma família tradicionalista cujo pai quer mudar a sexualidade a qualquer custo. Avançando no relacionamento, o jogador pode descobrir mais detalhes a história de Dorian.

Há também Krem, que é um homem trans; Iron Bull, um qunari guerreiro qunari pansexual; e Briala e Celene, duas mulheres lésbicas.

Dragon Age: Inquisition está disponível para PlayStation 4 e Xbox One.

1. The Sims

Para finalizar, o popular simulador da vida real deixa ser quem você quiser e como quiser. Em sua quarta edição, o jogo continua com sua função: simular como é cuidar da casa, organizar as finanças e equilibrar tudo isso com uma vida social e saudável.

Desde os primórdios, o game permitiu que o jogador se relacionasse com quem ele quisesse e fosse fisicamente como quisesse. Na versão mais recente, o jogo aderiu à neutralidade nas roupas e em algumas características físicas, permitindo maior personalização para todos. 

The Sims 4 está disponível para PC, PS4 e Xbox One

Não se limite a junho

Por mais que o sexto mês do ano seja para promover a luta das pessoas LGBTQIA+, políticas inclusivas, reconhecimento e respeito à esta população deve ser parte do dia a dia. Quem sabe, no futuro, poderemos viver em um mundo onde a sexualidade ou o gênero de cada um não importa e não a coloca em uma situação diferente das demais.

Com informações: Maddy Thorson

*Texto escrito por Felipe Goldenboy e Guilherme Sommadossi