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Deathloop tem importante lição sobre racismo, defende ator

Por| Editado por Bruna Penilhas | 10 de Dezembro de 2021 às 14h45

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Divulgação/Bethesda
Divulgação/Bethesda

Deathloop estreou em setembro de 2021 arrebatando elogios da crítica especializada e do público — no TGA 2021, o jogo foi premiado em duas categorias: Melhor Direção e Melhor Direção de Arte. Entre uma narrativa inventiva e uma boa jogabilidade, o título exclusivo temporário de PlayStation 5 e PC é celebrado também por outro fator: o protagonismo negro da história.

Em conversa com o Canaltech, o ator Jason Kelley, indicado ao prêmio de melhor performance no The Game Awards pelo trabalho como Colt, pontuou a importância da trama de seu personagem e Juliana, em uma indústria que ainda possui poucos exemplos de protagonistas negros.

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“Deathloop possui dois protagonistas negros que não estão lutando pela aceitação. Eles estão vivendo a própria vida, lutando pela própria sobrevivência. Você até pode dizer que esse é um subtexto, uma metáfora. Mas, na minha opinião, com pessoas de todas as culturas se identificando com esses personagens, essa é a melhor maneira de ensinar o que é diversidade”, argumentou Kelley. “Pessoas de todas as culturas vão jogar esse jogo e podem se identificar com esses personagens. Eu deixo que você entre na minha pele e veja aquela história, baseada na minha realidade”, disse a voz de Colt.

Antes de Deathloop, Kelley havia se distanciado dos videogames. Na última década, o ator trocou o PlayStation 2 por um aparelho de DVD, enquanto focava em estudar atuação. Antes, se dedicou a jogos esportivos, como NFL e Tiger Woods, e outras franquias conhecidas, como Devil May Cry e Metal Gear Solid. “Foram esses jogos que me fizeram entender o motivo das pessoas gostarem de videogames”, disse.

Para viver Colt, o ator reuniu diferentes referências de atores negros, inclusive ele próprio. “Colt tem uma grande porção de mim”, explicou Kelley após falar que é uma pessoa que gosta de falar pelos cotovelos. “Muito do personagem sou eu, com referências que roubei de Samuel L. Jackson, um pouco de Jim Brown e Will Smith em ‘Eu, Robô’”, continuou.

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Entre os desafios citados por Kelley para viver Colt, o ator lembra de como teve que confiar e se entregar a direção da desenvolvedora francesa Arkane Lyon. Parte de Deathloop precisou ser desenvolvida a distância, devido a pandemia de covid-19. “Não estar na mesma sala que os outros atores e ser dirigido em sessões online, muitas vezes em francês, foi difícil. A solução foi acreditar e jogar totalmente no processo criativo. Eu acreditei na Arkane e na visão do personagem. Foi a receita para chegarmos na performance do jogo que é um sucesso de crítica e comercial”, elogiou.

Indicação ao TGA

Indicado a melhor performance no TGA 2021, Kelley disse que foi pego de surpresa pela nomeação. “Quando descobri, fiquei sem ter o que dizer, fiquei completamente em choque”, descreveu. “Ainda estou sem acreditar. Só tenho agradecer a comunidade de fãs pelos últimos meses. É legal ser reconhecido”, completou o ator.

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Kelley concorreu ao prêmio com Erika Mori (Alex Chen de Life is Strange: True Colors), Giancarlo Esposito (Antón Castillo de Far Cry 6), Maggie Robertson (Lady Dimitrescu de Resident Evil Village) e a companheira de elenco Ozioma Akagha (Julianna Blake de Deathloop). A intérprete de Lady Dimitrescu foi a premiada da noite.

Deathloop 2 pode acontecer?

Perguntado sobre uma sequência para Deathloop, Kelley brincou que pediria um novo jogo para o time da Arkane durante o TGA. “Seria interessante ver esse mundo do avesso em uma história focada na Julianna sendo caçada pelo Colt. Eu adoraria ver o que poderia vir com essa criação e acho que os fãs iriam adorar. A história precisaria fazer sentido, então precisamos de tempo para saber que trama seria essa. Mas acredito que seria brilhante”, concluiu o ator.