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Análise | Diablo III no Switch traz tudo para uma versão excelente no portátil

Por| 06 de Novembro de 2018 às 13h30

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Desde o início deste século que a Nintendo não se acertava com a Blizzard sobre o lançamento de um jogo para o console da japonesa. O último foi StarCraft para o Nintendo 64, exatamente no ano 2000. Talvez por isso o anúncio de Diablo III: Eternal Collection tenha esquentado tanto o coração dos fãs nintendistas.

Esta é a versão para o Switch do jogo lançado lá em 2012. Para ser mais honesto, esta é a versão de 2017, a mesma lançada para os consoles mais atuais, com todos os comandos e menus reconfigurados para caber em um controle com muito menos botões que um teclado.

O Diablo III para o console da Nintendo nada mais é que um port muito bem feito para o consoles. Portanto, vamos tirar os elefantes brancos da sala primeiro. A quem está com medo de que ele chegue “capado” ao Switch, fique tranquilo, todos os conteúdos estão aqui.

O game chega com a completude da versão Collection. Ou seja, traz todos os conteúdos lançados em quase seis anos de existência do jogo, incluindo as expansões Reaper of Souls e Rise of the Necromancer, todas as sete classes, além das temporadas. Tudo está aqui nesta versão.

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Para além disso, a Nintendo também brincou com as suas franquias e colocou algumas coisas especiais para quem compra o jogo em seu console. O que chega logo de cara são itens cosméticos, como as asas negras de Ganondorf e um Cucco (o galinho de Zelda) como companion já no início do jogo.

Por que Switch?

O interessante de Diablo III neste console é que ele se beneficia mais do que o console oferece do que o jogo tem realmente de novo para mostrar. A vantagem do título aqui não está essencialmente em como ele roda na plataforma da Nintendo (embora esteja muito liso e rápido em todos comandos e loadings), mas sim na praticidade do console.

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É realmente prazeroso o fato de levar Diablo III com você para quaisquer lugares. Como um jogo de quests, ele permite aquela jogada rápida que pode ser interrompida e retomada sem muita perda no processo.

Outra vantagem de Diablo III no Switch são os controles. Fica aqui um trabalho bem interessante da Blizzard em fazer toda sorte de comandos funcionarem de forma tranquila no minúsculo joy-con. Para apresentar a análise sobre a funcionalidade desses controles, vou dividir minha jogatina em testes que permearam três momentos: o game no modo portátil, no dock ligado à TV e com multiplayer local. Vamos a eles.

Na mão

Diablo III funciona de forma suficiente na mão do jogador. O adjetivo se deve ao fato de que, por conta já do quão minúsculo e detalhista que é jogo em uma TV de muitas polegadas, entender e aproveitar 100% do que foi criado naquele mundo pela tela de um tablet se torna ainda mais complicado. Ou seja, o Switch na mão é talvez menor que se gostaria para ver a riqueza de informações de Diablo III, mas suficiente para permitir que o jogador não se perca no emaranhado de informações.

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A combinação dos fones aliada à dublagem em português brasileiro (também disponível na versão de Switch) ajuda a compreender melhor o que está em tela, sobretudo para os jogadores mais desavisados.

Na telona

Contudo, é em uma TV que Diablo III brilha mais, com certeza. Aqui, é possível ver toda a gama de detalhes que o título oferece. Para os mais exigentes, talvez seja possível ver alguma queda gráfica das versões de outros consoles ou do PC para o Switch. Entretanto, não há nada que de bate-e-pronto permita perceber um gráfico ruim no videogame da Nintendo. Pelo contrário, o título chega muito bonito, cheio de informações animações e peso de Diablo III.

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O controle, unido pelo pad na mão, também funciona muito bem. Aqui há pouca mudança dos comandos para outras versões de console. O jogador usa os botões do joy-con da esquerda como se fosse um d-pad do PlayStation 4 ou Xbox One e coloca ataques e magias nos outros botões como se fazem nas versões de outros consoles também. A novidade contudo, está em uma mecânica que pouco se usa: o movimentar do joy-con faz com que o personagem esquive na tela. Confesso, técnica que usei somente uma vez em caráter de teste para esta análise e que me caiu no mais profundo esquecimento.

De dois, no sofá

Uma das coisas mais bonitas de se jogar Diablo III no Switch é o multiplayer local. Antes de mais nada, vale lembrar que há, sim, uma versão online. O destaque para o local aqui é por conta de o Switch já “vir” com dois controles. A jogatina com os joy-cons separados é bastante suficiente, já que o game não exige uma destreza tão veloz nos botões. Dessa forma, jogar só com “metade” dos botões, não atrapalha tanto assim a jogatina a ponto de impedir que você escolha dividir o controle com alguém no sofá.

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Para além disso, claro, o jogo é compatível com mais joy-cons e também se liga a outros Switch em rede interna.

Outros detalhes

A versão de Switch também coloca alguns detalhes do universo de Zelda que você pode buscar pela narrativa. Coisa pouca, já que a ideia não é mudar a história original de Diablo III, mas apenas dar aquele quentinho no coração de quem já jogou algumas histórias da saga de Link. Também é possível pegar todo um set de armaduras de Ganondorf para o seu personagem nesta versão.

Em resumo, caso você esteja com a mão coçando para pegar Diablo III para o Switch e jogar pela enésima vez, esta versão está muito bem portada mais uma vez para os consoles. O título traz multiplayer online, local, todas as expansões; em suma, tudo o que já foi produzido para o game em seus seis anos de existência.

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Caso esteja com medo de que ele chegue em uma versão capada no Switch, pode ir sem medo que é longe disso.

Ainda, todas as benesses do console da Nintendo, como portabilidade e multiplayer local, funcionam de forma muito satisfatória e suficiente aqui. O que permite decretar a versão de Switch talvez com a melhor depois, claro, da original para PCs.

Diablo III: Eternal Collection foi desenvolvido pela Blizzard e chegou em 2 de novembro na plataforma no Nintendo Switch. No Canaltech, o game foi analisado com uma cópia gentilmente cedida pela Blizzard.