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Análise | HyperX ChargePlay Clutch dá 7 horas de bateria para o Switch

Por| 23 de Junho de 2020 às 09h45

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Matheus Argentoni/Canaltech
Matheus Argentoni/Canaltech

Quando a Nintendo anunciou o Switch em 2017, uma das principais especulações foi sobre a autonomia da bateria do aparelho. Atualmente, ele suporta cerca de três horas de gameplay constantes, variando de acordo com o quanto o jogo demanda do console.

Se você é um jogador assíduo, já deve ter percebido que isso é pouco tempo e certamente já ficou na mão em uma gameplay mais longa. É neste contexto que entra o ChargePlay Clutch, proposta de bateria anexável ao Switch que garante umas boas horas a mais de gameplay.

O produto foi revelado pela HyperX em janeiro e chegou ao mercado brasileiro no começo de junho. Contudo, ele não é somente uma bateria externa, trazendo algumas ferramentas extras de design bem-vindas em contrapartida com os pontos negativos (como o peso).

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Composição

Em sua essência, o ChargePlay Clutch é somente uma bateria de 6.000 mAh, com oferta de até 2.0A/5V para carregamento. O volume é consistente, tendo em vista que a bateria do próprio Switch (na versão padrão) é de 4.310 mAh.

Assim, com ambos aparelhos carregados, o jogador conta com interessantes 10.000 mAh de capacidade. Em uma conta simples, se a bateria do Switch sozinha segura três horas de jogatina, o ChargePlay Clutch vai render entre quatro e cinco horas extras, totalizando até oito horas ininterruptas com o videogame ligado.

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O ChargePlay Clutch também traz uma boa base para ser preso ao Switch. Aqui começam os detalhes importantes de design que mostram o preciosismo da HyperX com o produto. Na base, ele tem uma saída USB-C (macho) no qual você vai apoiar o Switch para carregar. Com o objetivo de dar segurança na hora de jogar, há uma trava na parte superior que segura o console, evitando que ele fique “sambando” e quebre a entrada do carregador em caso de queda ou movimento brusco.

Nesta trava superior, também há espaço para as saídas de ar para evitar superaquecimento do console.

A peça traz suporte de apoio na parte de trás, que pode ser usado para segurar o Switch em cima da mesa, com os joy-cons na mão. Diferente do apoio aparentemente frágil do console, no acessório ele é reforçado e grande, o que evita tombos bobos. Junto disso, ainda há dois pezinhos emborrachados na parte inferior para evitar deslizes.

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E os joy-cons? 

Como já apontado, o ChargePlay Clutch não é apenas uma bateria. Ele é um aparelho que “abraça” o Switch. O objetivo é exatamente evitar que o console fique “dançando” quando ligado via USB-C. Por conta disso, ele também tem um apoio nos joy-cons. O conjunto vem com uma peça para cada lado dos controle e que dão firmeza extra para o conjunto. Assim, é possível manusear o console com segurança e garantir que não vá fazer algum movimento brusco de danificar a entrada USB-C (afinal, a ideia é que ele fique sempre na mão).

A beleza dessas duas peças é que, assim com os joy-cons, elas são destacáveis. Como ambas possuem um ímã lateral, permitindo que se unam as partes, formam um joy-con grip, semelhante ao do Switch. Assim, o jogador pode usar o conjunto quando estiver com o ChargePlay apoiado. Um extra para se evitar levar o grip em viagens.

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As peças dos joy-cons são bem firmes e têm um material semelhante a um EVA para evitar riscos nos controles. Já na parte de trás, há texturas que ajudam na ergonomia.

A bateria dura mesmo? 

Chegou a hora dos testes. O Canaltech usou o aparelho com alguns games diferentes para entender quais as capacidades do dispositivo. A HyperX vende que a bateria garante até cinco horas extras de jogatina.

Para fazer esse teste, usamos o dispositivo de duas formas distintas. A primeira é adicionando a bateria quando o console está com apenas 10% de carga. A outra é deixando o carregador ligado durante todo o tempo.

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Com isso, é possível dizer que a bateria não tem exatamente a capacidade de recarregar o seu console enquanto você está jogando, mas apenas manter o aparelho ligado. Ou seja, se o Switch está com 10% de bateria, ao ligar o carregador, ele deve manter os 10% por um longo período, mas não elevará a porcentagem até que você pare de jogar. Isso não é exatamente um problema, uma vez que é possível pegar o dispositivo na mão e continuar a gameplay.

Os testes de autonomia foram realizados com três games distintos. O primeiro foi The Legend of Zelda: Breathe of The Wild, título usado pela própria Nintendo como base para medir a autonomia da bateria do console. Também foram testados Pokémon Sword e 51 Worldwide Games, jogo mais casual.

Em Zelda, a bateria segurou pouco menos de quatro horas extras, sendo que a média da peça nos outros dois títulos foi de pelo menos 4h30. Em nenhum dos casos ele bateu as cinco horas prometidas na divulgação.

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Mesmo assim, no total são sete horas diretas de gameplay com o Switch na mão ou apoiado, mais que o dobro do que ele oferece por padrão.

(Des)conforto

Ter mais bateria em aparelhos mobile significa que eles vão ser maiores e mais pesados. Esta é uma regra não só para o Switch, mas para smartphones e outros aparelhos eletrônicos. Ainda não dá para fugir disso. Desta forma, ter o dobro de horas de jogo significa também o dobro do peso e alguns centímetros a mais nas dimensões do console.

Sozinho, o ChargePlay Clutch pesa 400 gramas. Somados aos 297 gramas do Switch, temos 697 gramas do conjunto. O pesinho de mais de meio quilo na mão pode fazer com que você nem queira ficar segurando o Switch todas as 7 horas. O aparelho padrão já é pesado quando passa muito tempo nas mãos, enquanto o conjunto faz doer os pulsos com uma hora de jogatina.

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Fora isso, ele eleva para 27,39 centímetros o comprimento do Switch, contra 23,8 centímetros na versão padrão (contando os joy-cons). Neste caso, os cinco centímetros a mais são muito bem-vindos. Isso porque aumenta a largura e grossura dos joy-cons facilitando para segurar o aparelho e deixando mais espaço para que o dedão seja usado só para apertar os botões.

Outra questão de desconforto por conta da bateria é o calor. Como o aparelho está carregando e usando a energia ao mesmo tempo, é comum que ele esquente. O problema aqui é o dispositivo não ter como dissipar o calor na parte de trás (apoiada no ChargePlay), o que acaba aquecendo o conjunto. Soma-se a isso o calor emitido pela bateria do acessório, que também esquenta consideravelmente. Assim, espere um pequeno forninho na mão lá para tantas horas depois de utilização. Nada que vá danificar o console ou acessório, mas perceptível e incômodo, principalmente com o console tão perto do peito em um dia de calor.

Tempo de carregamento

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Os 6.000 mAh são uma bela capacidade para a bateria do console, que, como já descrito aqui, pode mais que dobrar o tempo de utilização. Contudo, o conjunto não conta com recarregamento rápido, somente com um cabo USB-C/USB-A. Com isso, tenha paciência para recarregar o produto.

Nos testes do Canaltech, o ChargePlay Clutch demorou quatro horas para ir de 0% a 100% ligado diretamente na tomada. Assim, é possível dizer que o tempo de jogatina é basicamente o mesmo tempo que o aparelho precisa ficar ligado na tomada recarregando.

Extra

O ChargePlay ainda tem dois recursos interessantes como bônus. O primeiro é o apoio já relatado aqui. Uma das decisões de design do Switch é que ele tem a entrada USB-C na parte debaixo. Isso significa que você não consegue apoiar e recarregar o console ao mesmo tempo. Como o produto da HyperX conta com entrada na parte de trás, com uma abertura no suporte para apoio, o jogador consegue continuar curtindo o console mesmo com a bateria sendo recarregada, direto na tomada. Como o conjunto é pesado, essa opção também é bastante bem-vinda.

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Por fim, o aparelho tem um painel com quatro LEDs que indicam o nível de bateria, facilitando saber o quanto de carga ainda resta. Como a ideia é que você mantenha o Switch sempre ligado ao acessório, ele também conta com um botão de ligar e desligar o carregamento na parte de trás. Assim, é fácil controlar os momentos de utilização de energia da bateria externa ou interna.

O ChargePlay também se desliga sozinho quando o console bate os 100%, para evitar descarregar a bateria de forma desnecessária.

Para quem? 

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A própria HyperX direciona o produto para momentos de viagem ou quando o jogador não pode ter acesso à doca do Switch, usado também para recarregar o console. Para essa utilização, o ChargePlay pode ser bastante recomendado.

Pode-se dizer que o aparelho entrega o que promete. Embora não tenhamos alcançado as cinco horas extra de autonomia, ele bateu 4h30 a mais de bateria, além das três horas padrão do Switch convencional. Isso sem falar em algumas qualidades extras, como o grip para joy-con, suporte mais seguro e entrada USB-C na parte de trás para jogar com o videogame apoiado na mesa.

Em contrapartida, o conjunto é bem pesado e difícil de se segurar por muito tempo, além de poder esquentar bastante. Ainda, é preciso se preparar com quatro horas de antecedência e garantir que o acessório esteja completamente carregado.

Diante disso, é um aparelho que funciona muito bem em viagens, principalmente de avião, nas quais há um apoio para jogar. O aparelho chega ao mercado brasileiro por R$ 555, um preço relativamente salgado para um produto usado somente em viagens.

Com o dock fazendo a função de recarregamento em casa, dificilmente você vai precisa do aparelho para uso doméstico. Assim, esse investimento só vale se você realmente tem longas horas de transporte ou viaja bastante, justificando necessitar de horas a mais do dispositivo fora da tomada.

Lançado no início de junho, o HyperX ChargePlay Clutch já está disponível no mercado em lojas parceiras.