"Pet virtual" da Casio tem IA capaz de sentir 4 milhões de emoções
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller | •

A Casio lançou o Moflin, um pet virtual alimentado por inteligência artificial que promete desenvolver uma personalidade única baseada nas interações com o dono. O dispositivo, que tem mais de quatro milhões de configurações emocionais diferentes, estará disponível a partir de 1º de outubro por US$ 449 (~ R$ 2,4 mil) nos sites da Casio nos Estados Unidos e Reino Unido.
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O Moflin foi projetado para oferecer companhia emocional sem as responsabilidades de um pet tradicional. Diferentemente de um animal real, ele não precisa de comida, água ou limpeza, e exige apenas que seja recarregado em sua "cama" especial.
Personalidade que evolui com o tempo
O grande diferencial do Moflin está na capacidade de desenvolver uma personalidade única ao longo de 50 dias de convivência. A inteligência artificial do dispositivo permite que ele reconheça vozes, responda ao toque e se adapte a diferentes pessoas da casa.
Conforme o pet virtual se desenvolve, seus sons evoluem de pequenos ruídos para expressões mais complexas. O objetivo é criar um vínculo emocional genuíno entre o usuário e o dispositivo, algo que a Casio considera inovador no setor de bem-estar mental.
Para acompanhar o desenvolvimento do pet, a empresa criou o aplicativo MofLife, que permite monitorar o estado emocional do Moflin e entender como sua personalidade está evoluindo.
Diferencial em mercado competitivo
O Moflin chega como uma solução para quem busca companhia emocional sem as complicações de um animal de verdade.
A empresa destaca que nenhum Moflin é igual ao outro, já que cada um desenvolve características próprias baseadas nas interações específicas que tem.
O dispositivo pode ser uma alternativa interessante para pessoas que querem ter um pet mas não podem devido a restrições de moradia, alergias ou falta de tempo para cuidados. Após um lançamento bem-sucedido no Japão, a empresa decidiu expandir para mercados ocidentais.
Limitações do conceito
Apesar das promessas, o Moflin ainda tem algumas limitações práticas. A bateria dura apenas cinco horas, e exige recarga frequente. O ponto positivo é que esse processo é simples: basta ele “descansar” em sua cama para reabastecer. É como um gato ou cachorro de verdade, que já costuma dormir por longas horas.
Além disso, como qualquer tecnologia, o dispositivo tem vida útil limitada, e ainda não está claro se a personalidade desenvolvida pode ser transferida para um novo aparelho.
A Casio não divulgou informações sobre a durabilidade do produto ou planos para expansão para outros mercados, como Brasil.
O preço de US$ 449 também pode ser um obstáculo para adoção mais ampla, especialmente considerando que se trata de um dispositivo experimental em uma categoria ainda emergente.
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Fonte: Digital Trends