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Análise | Samsung Galaxy Buds Plus e o poder da assinatura AKG

Por| 10 de Abril de 2020 às 18h30

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Luciana Zaramela/Canaltech
Luciana Zaramela/Canaltech

Aqui estão os pequenos fones TWS da Samsung em sua versão mais atual! Após estrear no universo dos fones de ouvido totalmente sem fios usando sua própria assinatura em parceria com a AKG, a Samsung parece estar se consolidando bem no mercado, com modelos que, além de carregarem o peso da marca sul-coreana, também carregam o look-and-feel de fones premium, que unem o melhor de dois mundos: mobilidade e qualidade.

Inevitável falar dos Galaxy Buds sem lembrar dos AirPods, da arqui-rival Apple. No entanto, nesta análise, apesar de citá-los aqui e ali, vamos combinar: não estamos comparando as marcas, nem os modelos. O foco aqui é essa belezinha que a Samsung batizou de Galaxy Buds Plus (ou Galaxy Buds+).

Se você está procurando por um par de fones totalmente sem fio para acompanhar seu celular, seja ele Android ou iOS, provavelmente chegou até essa análise por estar cogitando investir no modelo mais recente da Sammy. Então, fique à vontade: vamos destrinchar o bichinho a partir de agora.

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Design & Ergonomia

Cada vez mais observamos a tendência que usuários e marcas têm de reduzir seus periféricos e acessórios e torná-los sempre atraentes, tanto no quesito design, quanto no quesito qualidade. E isso é um fato que se torna claro com a Samsung e seus fones, os Galaxy Buds em geral.

Os Buds+ são fones incrivelmente pequenos, confortáveis e bonitos, e o mesmo conceito se aplica ao case de carga que acompanha os buds. Se formos comparar as duas versões apenas pelo lado de fora, não vamos ver diferenças, uma vez que os primeiros Galaxy Buds são idênticos aos novos. O visual discreto com acabamento brilhante dão aos fones um visual premium, já que o material usado na sua fabricação também é de primeira. Na versão que a Samsung nos enviou para testes, toda branquinha, a parte externa dos fones ainda tem um acabamento meio "furta-cor", que deixa o fone ainda mais brilhante e com um ar bastante futurista.

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Quem coloca os Buds nas orelhas não vai sentir desconforto tão cedo — ou não vai de jeito nenhum. Como são pequeninos, eles não pesam e nem ficam como trambolhos nos ouvidos, assentando-se bem na cartilagem da orelha. O conforto, aqui, é digno de nota: usei os fones por horas e horas, durante dias e dias, e não senti aquele incômodo nas orelhas. Com o passar do tempo fui me acostumando, a ponto de nem mais me lembrar que estava com os fones. Ponto para a leveza e para o formato arredondado em todas as partes possíveis, além, claro, da possibilidade de trocar ponteiras e até as alças que acrescentam um "quê" a mais de estabilidade nos fones. E por falar nisso, algo legal desse modelo é que ele não adentra muito na cavidade auditiva, mas faz o selamento no ouvido externo de modo que sua música não "vaza" para o ambiente — com isso você consegue aproveitar ao máximo o que vem dos drivers, sem machucar seu ouvido por excesso de pressão. E sem perder em adaptação aos ouvidos.

Isso é legal para quem quer usá-los durante atividades físicas leves, como caminhadas e corridinhas na esteira, por exemplo. Uma pedalada e um treino de leve também são indicados, como fizemos durante os testes. Graças a essas barbatanas que a empresa criou para os buds, eles ficam mais estáveis e seguros na orelha, sem ameaçar cair, e sem te deixar preocupado com isso também.

Outro ponto bacana é que os fones são bem bonitos. Para quem gosta de apetrechos que, além da qualidade, revelem sua beleza, podem ser uma boa escolha. Não, não temos a marca da Samsung grafada em nenhum lugar dos buds, mas os fones já têm sua fama por aí apenas pelo formato — tal qual ocorre com os AirPods da Apple. O plástico que foi usado na fabricação desses fones também parece ser bastante denso e resistente, ou seja… durável e de ótima qualidade.

Fones TWS precisam de um case de carga para você levar com você aonde quer que você vá, seja para guardar os Buds ou para carregá-los eventualmente. E tal qual os fones em si, esse case é muito pequeno e muito discreto, além de levíssimo. Pode colocar no bolso ou na bolsa sem se preocupar com o volume, já que ele é um pouquinho maior que um isqueiro pequeno, e tem pouco mais do dobro da largura desse objeto comum no dia a dia de muitos.

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O case é feito do mesmo plástico resistente e com acabamento brilhante do corpo dos fones. Ele tem formato de cápsula, oval e ao mesmo tempo compridinho, e também passa a impressão de não se quebrar fácil. Claro, descuido não combina com equipamento caro, mas esse case é do tipo que você pode levar na mochila sem se preocupar se os outros materiais vão achatá-lo ou danificá-lo la dentro. E ah, ele é bem leve também. Por isso fornece só mais uma "rodada" de cargas para a bateria dos Buds+.

Bateria

O modelo mais novo da Samsung vem com uma autonomia de bateria bem interessante. Por si só, e de acordo com a fabricante, os fones aguentam 11 horas de reprodução a cada carga, ou seja… dependendo do quanto você usa fones durante o dia, pode ser que durem o suficiente para te abastecer de música o dia inteiro. Só para termos uma ideia, a versão anterior dos Galaxy Buds suporta seis horas, enquanto os AirPods suportam cinco.

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Apesar dessa autonomia ser bacana para os fones, um ponto negativo está no case, que guarda energia para apenas uma carga adicional. Ou seja: se você carregar fones e case até o máximo, só vai poder recarregar seus fones por completo uma vez se estiver longe da tomada, totalizando 22 horas de playback. No entanto, se a bateria dos fones acabar, com apenas 3 minutos carregando, você tem uma hora de música.

O negócio é sempre manter o cabinho na mochila do notebook ou perto do seu desktop, para que você possa carregar o fone pelo menos uma vez por semana, dependendo, claro, do seu uso. Comigo foi assim.

Conectividade

Os novos Galaxy Buds Plus já vêm com Bluetooth 5.0, o padrão mais recente da indústria, para manter sua conexão estável e sem gargalos. Apesar de não possuírem NFC e nem opção de áudio analógico (cabeado), mantêm uma conexão bem firme com seu smartphone ou computador, principalmente se os dispositivos também tiverem Bluetooth 5.0 — com um alcance de até 44 metros sem interrupções.

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Os fones não suportam conexão com dois dispositivos simultâneos e possuem uma latência (aquele pequeno atraso entre som e imagem) que pode irritar os usuários durante vídeos ou jogos no celular ou computador. O lado bom disso é que alguns aplicativos, como a Netflix, permitem ajustar esse atraso.

O único cabo que vem na caixa é o de carga: USB-C de um lado, USB de outro. Ele serve para plugar o case em uma fonte de energia, como seu PC ou notebook, e assim carregar tanto o estojo quanto os fones.

Os fones só podem ser usados para jogar no celular ou no computador, já que não têm compatibilidade com consoles (PlayStation 4 ou Xbox One). Funcionam com Android 5 e posteriores, iOS 10 e posteriores (a partir do iPhone 7).

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Microfone

Temos aqui um conjunto de três microfones integrados sem grandes destaques, o que é comum para fones de ouvido TWS, aliás. A qualidade de gravação ou de captação do microfone é bem mediana, o que significa que você pode falar ao telefone ou gravar áudio normalmente, e se fazer entender. O que a pessoa do outro lado vai perceber é que faltam detalhes para deixar sua voz mais nítida, como se estivesse falando do celular. O resultado sai um pouco abafado/enlatado, e isso é perfeitamente normal.

Mas uma coisa bacana é que os microfones empregados aqui funciona bem mesmo em ambientes barulhentos, e isso significa que você não vai precisar ficar gritando e muito menos pegando um fone e colocando na frente da sua boca para fazer a pessoa te ouvir. Eles filtram bem o nível de ruídos externos e isso é bem bom para um fone tão compacto. São dois mics externos e um interno, do lado de dentro do bud.

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Acessar o assistente de voz do seu telefone também fica fácil com os fones, desde que você mapeie uma função para isso nos botões ou aperte e segure por mais de 3 segundos. Bixby, Siri, Google Assistente, Alexa... vai depender do que você usa no seu celular.

Controles

Do lado externo de cada fone, há uma superfície tátil, literalmente um touchpad, como a Samsung gosta de dizer. Ali você controla suas listas de reprodução, atende e ignora chamadas, ajusta o volume da música… e pode personalizar o mapa de botões com a ajuda do aplicativo.

Por padrão, de qualquer um dos lados, com um toque, você pausa e reproduz sua música. Dois toques avançam uma faixa, atendem uma chamada ou mesmo encerram a ligação. Três toques permitem pular para a faixa anterior. E se você tocar e segurar, executa uma função personalizada, como ativar o assistente de voz do celular, por exemplo.

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O touchpad dos fones é bastante sensível e isso pode irritar no começo, porque se você "relar" ali, a música para. Isso me irritou no começo, principalmente quando tirava os fones e colocava-os de volta, mas é questão de costume. No início isolei (via app) o touchpad, mas passados poucos dias, voltei a usá-los.

Áudio

Para deixar esta análise o mais livre de interferências possível, vamos falar do som sem usar o aplicativo, isto é, sem nenhum equalizador, para que possamos avaliar sua performance crua.

Os novos fones de ouvido da Samsung, assim como já ocorria com os antecessores, são fabricados com a expertise da AKG — empresa de engenharia acústica que está há mais de 70 anos no mercado e é subsidiária da Harman, que hoje é uma divisão da Samsung Electronics. Desde que a empresa comprou a Harman em 2016, seus fones receberam um incremento em qualidade e construção, além de levarem a assinatura sonora indiscutível da AKG.

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E com os Galaxy Buds+ a coisa não é diferente. No próprio case, há os dizeres "Sound by AKG", o que já mostra ao usuário que o potencial sonoro do brinquedo não é fraco: ele traz dois drivers em cada fone, com agudos intensos e graves bem definidos. Além disso, os Buds contam com três microfones de cada lado para que você possa usá-los também ao fazer e receber chamadas telefônicas.

Graves

O perfil sonoro dos Galaxy Buds Plus tende a ser mais voltado à neutralidade do que a um som com graves profundos e bem destacados — isso, realmente, não é a principal tônica deste modelo. Eles apresentam um resultado bastante consistente, no entanto, e aqueles que adoram um som mais pimpado nos graves podem fazer isso acontecer com a ajuda do aplicativo.

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Os Galaxy Buds Plus mostram bem a intenção das mixagens em diversos estilos. Se a gente foi avaliar graves e subgraves, eles existem e se comportam muito bem mesmo em batidas eletrônicas de tremer o chão, como em God's Plan, do rapper Drake. Não, os graves e subgraves não vão chegar a tremer seu cérebro, mas vão chegar bastante fortes e precisos, principalmente em relação às outras frequências, o que quer dizer que não se embolam nem atropelam outros instrumentos.

Enter Sandman, do Metallica, tem uma profundidade de graves que explora muito bem a frequência usando apenas instrumentos de corda, bumbo e surdo. No entanto, não soa tão profunda quando a faixa de Drake, por um motivo bastante óbvio: a mixagem é assim e pronto. E os Galaxy Buds Plus entregam isso com muita propriedade. A música tem MUITO peso, os instrumentos soam com precisão, você consegue ouvir onde está o contrabaixo e onde estão as guitarras, sem atropelos. À época, entretanto (início dos anos 1990), era comum que as gravadoras usassem um tipo de equalização mais aberta nos pratos e caixas da bateria. Isso, de maneira alguma, atrapalha a experiência que se tem com a música, mesmo analisando somente a faixa grave.

Médios

Tá aí a gama de frequências que mais me ganhou nesses fones da Samsung. E é legal poder contar com isso, ainda mais em fones voltados ao público que coloca a mobilidade em primeiríssimo lugar. A AKG conseguiu colocar um driver pequenininho que trata bem as frequências sem grandes deslizes, e com os médios a gente sente isso muito bem.

Na última versão remasterizada de Ashes to Ashes, do David Bowie (2017), o que temos é um som cheio, ao mesmo tempo que tem peso e brilho na medida certa. A voz de Bowie, claro, é o destaque — ainda mais com o alcance vocal que ele tinha, fazendo um balé pela escala. Mas os efeitos de sintetizador, pianos elétricos, caixa da bateria e riffs de guitarra não confrontam com a voz dele, e isso os Buds Plus entregam com muito equilíbrio, aliás. Têm bastante presença, em todas as trilhas que compõem a gravação!

Caminhando um pouco mais longe túnel do tempo adentro, a inesquecível Everyday People, de Sly & The Family Stone soa nos Galaxy Buds Plus como a soul music deve soar: com muito destaque para vocais, backing vocals e metais. A base da música é constante, e tanto vocais femininos quanto o vocal de Sly Stone chegam com total clareza aos ouvidos. Kudos também para os metais e o piano — muito embora o piano arrume a cama numa base praticamente uníssona durante a música toda e os metais variem um pouco mais. O contrabaixo de Larry Graham não perde força, ou seja, o fone não ignora os graves quando as músicas focam bem mais nos médios. A mensagem sobre igualdade e paz entre os povos dessa faixa fica ainda mais clara, graças à experiência da AKG.

Agudos

Tais como — mas não tanto quanto — os médios, estão os agudos nos Galaxy Buds Plus. Bem equilibrados, cristalinos e presentes, eles fazem do fone um modelo bacana para os ecléticos, porque adicionam uma boa dose de versatilidade a eles. E justamente por conta dessa versatilidade, vamos usar duas músicas brasileiras para avaliar esses agudos:

Amarração do Amor, de Tom Zé, explora muito bem a gama aguda, e isso fica nítido nos Galaxy Buds Plus. Chimbais, triângulos, bandolins, caixas de bateria abertas, violões, guitarras, violinos… é legal ouvir a precisão dos agudos nestes fones, já que são bem equilibrados e possuem um respeito tonal muito bacana, o que dá aquela ambiência legal, mas sem ser contundente e nem chiar nos ouvidos.

Uma gravação mais lo-fi, mas que também esbanja os agudos brasileiros, é A Tonga da Mironga do Kabuletê, de Vinícius de Moraes com Toquinho. A bossa bem-humorada traz pianos agudos e violões ritmados em notas altas, com os compassos binários bem marcados por um chimbal aberto a cada término. Mesmo que a gravação, por ser antiga, seja batizada por um constante hiss (algo também super perceptível graças aos agudos cristalinos do fone), não fica chato escutá-la nos Buds Plus. A boa noção do potencial para agudos do fone fica clara quando a bateria prenuncia o refrão com a condução marcante. Ao chegarmos no clímax da música, a bateria explode, mas de maneira super positiva — isto é, sem "roubar" os louros das vozes de Toquinho e Vinícius, sem canibalizar outros agudos (como as congas e os bongôs) nem a linha de contrabaixo. Muito bom o trabalho da AKG neste fone da Samsung.

Aplicativo

A Samsung disponibiliza um app para os donos dos Galaxy Buds Plus, e isso pode ser muito bacana para aqueles que gostam de mexer no som e usar equalizadores. O app "Samsung Galaxy Buds+" pode ser baixado tanto no Android quanto no iOS, além de ser compatível com Windows e macOS.

Pelo app, você pode definir o que escuta do mundo exterior enquanto está com os fones, mesmo que sua música esteja em volume considerável. Isso parece uma característica de fones com cancelamento ativo de ruído, mas não é o caso, aqui: o isolamento passivo dos buds já é bom pelo formato da ponteira (e pelo material empregado nelas), e é justamente por isso que o app te deixa definir o quanto de som externo "entra" nos seus ouvidos durante o uso.

Também é pelo aplicativo que você faz as atualizações do firmware do fone, sempre que disponíveis. Basta fazer o download com os fones conectados e permitir a transmissão do software diretamente pelo Bluetooth. Geralmente, esses updates chegam para melhorar falhas como gargalos de conectividade e estabilidade dos fones. E são pequenos, com menos de 2 MB.

Mas a cereja do bolo aqui não é nem ter acesso a essas configurações, e sim poder equalizar seu fone de ouvido — mesmo que seja na base dos presets (estilos de equalização predefinidos pela Samsung). Para aqueles que amam uma dose de esteróides anabolizantes nos graves, pode ser que seja o caminho para dar aquela incrementada nos seus Buds. Infelizmente não há um equalizador paramétrico ou mesmo gráfico para que você faça os ajustes do seu jeito, deslizando o dedo sobre a tela para definir o ganho em cada gama de frequência separadamente. Ainda vale dizer que o incremento de graves ou de agudos é suave se você setar o equalizador para "Mais graves" ou "Mais agudos", nada que faça seus ouvidos tremerem ou fritarem, dependendo da preferência. As opções "Suave", "Dinâmico" e "Nítido" fecham as opções de equalização, além, claro, do "Normal", que equivale ao "Flat" dos fones com opção personalizada de equalização.

Outras funcionalidades do app te deixam remapear os botões do touchpad dos Buds, inclusive bloqueando-os (que, vou contar para vocês, eu adorei), usar um recurso para encontrar fones perdidos (sim, os fones emitem um sinal sonoro caso você use o "Buscar meus fones de ouvido" pelo app), restaurar configs de fábrica, ler dicas sobre os fones e mais outras funções que você vê no screenshot abaixo.

Esse "Labs" que a Samsung colocou no app não tem muita opção. Ele traz apenas uma funcionalidade de toque para diminuir o volume da música e outra para som ambiente extra-alto. São funcionalidades provavelmente em estado beta, mas nenhum incremento substancial.

O aplicativo não interfere na sua experiência com apps de streaming. Ele funciona em paralelo com o serviço que você usa normalmente no celular e não é indispensável.

Preço e onde comprar

Os novos fones de ouvido da Samsung têm preço tabelado de R$ 999 a prazo, e você pode encontrá-los tanto em lojas da marca quanto no varejo físico e online, como a Amazon e a loja oficial da Samsung — e aí, o frete vai depender do vendedor e do local onde você mora.

Você encontra os Galaxy Buds Plus em três opções de cores: azul clara, preta ou branca, conforme ilustra a imagem abaixo.

Specs

  • Tipo: in-ear TWS
  • Drivers: dinâmicos
  • Microfones: 3 em cada bud
  • Dimensões do fone: 22.5 x 17.5 x 19.2 mm
  • Peso do fone: 6.3 g
  • Dimensões do case: 26.5 x 70 x 38.8 mm
  • Peso do case: 39.6 g
  • Bateria: até 11 horas
  • Tempo de conversação: até 7.5 horas
  • Capacidade da bateria do fone: 85 mAh
  • Capacidade da bateria do case: 270 mAh

O que vem na caixa

Galaxy Buds Plus: valem a pena?

Vamos levar em conta que você tem grana para gastar e gostaria de um fone compacto, discreto, leve e com uma qualidade de áudio bem legal para ouvir suas músicas enquanto trabalha, se exercita moderadamente, faz tarefas domésticas, lê, sai para fazer compras... é sim uma boa escolha, principalmente por serem fones duráveis e que carregam a assinatura sonora de uma das mais renomadas fabricantes de aparelhos de áudio do mundo.

O conforto é digno de nota, assim como a ergonomia dos pequeninos. O Galaxy Buds Plus oferecem conforto do início ao fim da sua playlist e te deixam focado no que estiver fazendo, mesmo sem carregarem consigo a função de cancelamento ativo de ruído. Isso, aliás, já era pra estar presente no modelo e é algo do qual realmente sentimos falta. Tanto é que os AirPods Pro e o Sony WF-1000XM3, ambos testados aqui no Canaltech, já trazem essa funcionalidade.

O touchpad desse modelo é muito sensível e qualquer esbarradinha pode pausar sua música. Então, a parte legal é que, pelo app, você consegue desativar por completo o botão dos fones. Ou remapear os comandos. Mas, como dito anteriormente, tudo é questão de costume!

O áudio é muito, muito bacana. Graves e médios se destacam pela nitidez e precisão, o que não faz desse fone um "boombox" com graves absurdos, até porque... olha o tamanho desses buds... mas, se você quiser incremento nos graves, é só usar o preset de equalização para pimpar os baixos no aplicativo. Não dá aquele ganho todo, mas já aplica um bom realce nas frequências baixas. Particularmente, preferi o fone sem equalização nenhuma, do jeito que vem de fábrica, porque eu gosto muito da assinatura da AKG — e mesmo em fones sem fio, ela é fiel ao perfil sonoro da marca. Médios são muito bem alocados, bem tratados e translúcidos, enquanto os agudos, embora levemente mais recuados que as outras frequências, tenham um ótimo nível de detalhamento e presença. Tudo isso em dois drivers dinâmicos que, juntos, dão mais potência ao som que chega ao seus ouvidos.

Se formos pensar nos valores de fones TWS vendidos por aí, da Apple, da Sennheiser, da Sony... até que os Buds Plus levam vantagem competitiva por custarem, dependendo do concorrente (oi, AirPods!), quase mil reais a menos. Entretanto, há dois pontos negativos que podem pesar na hora da decisão de compra: o case de bateria conta com apenas uma carga extra, apesar da autonomia dos fones, de 11 horas, ser bem satisfatória; o modelo não conta com cancelamento ativo de ruído. Por outro lado, temos um excelente encaixe e isolamento passivo, estabilidade na conexão, clareza no som e três microfones de cada lado para que sua voz durante chamadas e áudios em aplicativos soe nítida.

No final das contas, os Galaxy Buds Plus são ótimos in-ears truly wireless, com destaque para sua sonoridade super natural. O fato de serem compactos também é um aspecto muito interessante. Eles fazem jus à assinatura AKG impressa no case — afinal de contas, difícil mesmo é colocar defeitos em um sistema de áudio arquitetado pela marca austríaca.