Campeonato Intel Extreme Master traz vida à Campus Party

Assim como no ano passado, a Intel Extreme Master, um dos maiores torneios de esporte eletrônico do mundo, acontece na área gratuita da Campus Party, trazendo não apenas a possibilidade de ver partidas entre jogadores profissionais do Brasil e de outras partes do mundo, como dá ao visitante o prazer de poder jogar diversos títulos em máquinas extremamente potentes.

Até o fim dessa temporada, o IEM possui outras etapas nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Só este ano a etapa realizada em Katowice, Polônia, lotou um dos maiores Ginásios poliesportivos da cidade. Já a edição sul-coreana, realizada em Seul, abarrotou o grande Estádio Olímpico da capital.

A Intel está ciente que este cenário competitivo dos videogames tem um futuro sem precedentes. No fim de 2012 a Forbes Magazine publicou um artigo informando que League of Legends e StarcraftII podem se tornar modalidades olímpicas em 2020.

Em conversa com Brent McCray, Gerente Mundial de Mídia da Intel, questionar sobre etapa brasileira em 2012 é desnecessário. Segundo ele, nosso pais já está inserido no circuito e o investimento de mais de R$ 1 milhão realizado nesta etapa, com comunicação, organização e infraestrutura de transmissão ao vivo, com narradores brasileiros e internacionais, comprova o que o executivo diz em um português agradavelmente americanizado: "Nós vamos fazer e-sports explodir em Brasil”.

Brent McCray (Foto: Luciana Zaramela / Canaltech)

Se esta afirmação depender da comunidade brasileira, tudo poderá se transformar em realidade. Mesmo com falta de público e um problema de W.O nos dois primeiros dias, quando StarCraft II era disputado, já podíamos ver que a organização estava preparada para a receptividade dos brasileiros.

Ontem, no primeiro dia de League of Legends, a arena da Intel estava abarrotada de jogadores e acompanhantes de todas as idades. Crianças com seus pais, jovens em grupo e adultos com um sorriso bobo no rosto. Todos pararam para ver as equipes Pain.Razer, NexImpetus, Millenium e Meet Your Maker.

As duas últimas fazem parte do cenário competitivo internacional e trouxeram grande ânimo aos times brasileiros. Leonardo "Alocs" Belo, jogador da NexImpetus, afirma que mesmo estando no torneio por convite, foi muito bom dar trabalho aos times internacionais.

Dentre os espectadores estava um dos grande nomes do e-sport brasileiro, Alexandre "Gaulês" Borba. Criador e responsável pela seleção brasileira de games, que já completa um ano, o ex-cyber atleta foi um dos grandes campeões dos dourados tempos de Counter-Strike e Lan House. Para ele, o evento da Intel representa uma incrível experiência que vai dar bagagem a nossos jogadores. "Esta é uma primeira oportunidade para testar nossos jogadores de LoL contra equipes internacionais. Mesmo não possuindo a mesma estrutura que equipes do exterior, eles podem mostrar a força de seu jogos".

Outro membro da multidão fervorosa era o Owner da Keyd.BenQ, Edu. A equipe é uma das favoritas dos brasileiros ao lado da Pain.Razer. A expectativa do executivo é extremamente positiva. “A única coisa que difere a cena brasileira das demais é a estrutura, já que vontade e habilidade nós temos”.

Brand McCray comenta: "A gente investe um monte de dinheiro no mercado de games. A atual indústria é de 70 milhões de dólares e estamos dispostos a investir no Brasil. O grande problema do país é a democratização da tecnologia e a grande vantagem é o povo brasileiro. Ano passado fui à Alemanha para uma etapa da IEM e meio milhão de pessoas não tinham essa energia que estou vendo aqui. Eu amo o Brasil".

Após a rasgação de elogios, McCray confirmou que a Intel está desenvolvendo planos com o governo e outras empresas para "espalhar" tecnologia por aqui, principalmente o e-sport. "É melhor se preparar, teremos grandes novidades para o próximo ano. Grandes!"

Em uma Campus Party um pouco morta, a IEM parece ser a brisa que começa a trazer sons, emoções e promessas.