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Pro player Robinho sugere em live que cometeu estupro coletivo

Por| Editado por Bruna Penilhas | 06 de Janeiro de 2022 às 18h51

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Imagem: Reprodução/Twitch
Imagem: Reprodução/Twitch

O jogador de Street Fighter V, Robson "Robinho" Pereira, foi desligado da Patoz, organização de eSports, após comentar sobre um suposto caso de abuso de uma ex-namorada. Robson está classificado para a Capcom Cup VIII, que acontece em fevereiro deste ano.

Atenção, o vídeo e a matéria a seguir podem conter gatilhos de assédio e abuso sexual.

Foi o próprio Robinho que comentou sobre a situação durante uma live de gameplay. O jogador afirma que a mulher, que não tem o nome citado no vídeo, traia ele com outros rapazes. Dando risada, o pro player conta aos espectadores que, após descobrir sobre a traição, ele teria levado a ex-namorada para um bar com a intenção de embriagá-la. Depois, ele afirma que levou a mulher para "um barraco" e, sem o conhecimento dela, chamou oito homens para o local, sugerindo que cometeram estupro coletivo: "Ela se arrebentou toda. Eu zuei, todo mundo zuou". Veja o vídeo do momento no tweet abaixo:

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A situação ganhou repercussão nas redes sociais nesta quinta-feira (6). A organização da qual Robson fazia parte, a Patoz, publicou um pronunciamento e anunciou o desligamento do atleta da equipe. As redes sociais de Robinho foram desativadas nesta tarde.

Em entrevista ao GE, Robson diz que a situação narrada durante a live foi inventada e tirada de contexto: "Isso foi uma história que eu inventei na hora, na zoeira. Isso aí de bebida nem existe. Pessoal estão (sic) distorcendo a história toda". Ele também afirma que o relacionamento com a mulher aconteceu há cerca de 25 anos.

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Robson está classificado para a Capcom Cup VII ao lado de Ronaldo “RondaldinhoBR” Mendes. Em novembro de 2021, a Patoz fez uma campanha coletiva para arcar com alguns custos do jogador e viabilizar a viagem de Robson para os Estados Unidos. A campanha foi finalizada em um dia de arrecadação.

O Canaltech procurou a Patoz para obter maiores esclarecimentos sobre Robinho e sua participação na Capcom Cup VIII, bem como sobre o destino do dinheiro doado na campanha coletiva, mas não houve resposta até o momento da publicação. Também entramos em contato com a Capcom, que está preparando um posicionamento oficial. Atualizaremos a notícia quando novas informações forem divulgadas.

Polêmica antivacina

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Essa não é a primeira vez que Robson se envolve em algum tipo de polêmica. No dia 30 de novembro, o jogador fez uma postagem dando a entender que deveria ser "obrigado" a tomar a vacina contra covid-19, em tom de brincadeira. A Patoz emitiu um comunicado explicando que o jogador estava com a sua segunda dose atrasada, e que o time tinha "puxado a orelha" de Robson para agilizar sua vacinação, já que ele viajaria internacionalmente para a Capcom Cup.

A organização ainda explicou que o jogador estava passando por problemas psicológicos e pessoais, e por isso não estava confiante quanto a sua vacinação. Posteriormente, Robson pediu desculpas pelo ocorrido.

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Atualização (07/01/21, às 11h10):Em resposta ao Canaltech, a Capcom enviou um posicionamento oficial sobre o assunto, confirmando que Robson está banido permanentemente de todos os eventos da empresa. Leia o comunicado na íntegra: 

"Fomos informados de que Robson “robinho” Oliveira emitiu declarações em uma plataforma pública nas quais ele descreveu ter participado de atos condenáveis e intoleráveis. Nós mantemos uma política de tolerância zero para tais atos e comportamentos, os quais, no mínimo, violam o código de conduta dos jogadores, além de possivelmente infringirem as leis brasileiras, e os quais requerem providências. Dessa forma, Robson “robinho” Oliveira daqui por diante está banido permanentemente de todos os eventos pertencentes ou operados pela Capcom, incluindo a Capcom Pro Tour, Capcom Cup e Street Fighter League. Este é um banimento global, e portanto se aplica a torneios e eventos em todo o mundo.  Embora esta seja apenas uma consequência, esperamos que as autoridades rapidamente investiguem e solucionem o caso com o rigor da lei." 

Atualização (07/01/2021, às 13h04): Em resposta ao Canaltech, a Patoz E-Sports emitiu um comunicado sobre o financiamento coletivo feito para ajudar a arcar com os custos da viagem de Robinho aos Estados Unidos, para a Capcom Pro Tour. De acordo com a organização, o dinheiro foi depositado diretamente na conta do jogador. A Patoz também afirma que não conseguiu mais contato com Robson após o pronunciamento feito sobre o desligamento do jogador. Leia o comunicado na íntegra:

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"Nós da Patoz E-Sports não possuímos fins lucrativos, portanto nem mesmo conta bancária em nome do time foi aberta. Todo o valor arrecadado na campanha foi diretamente para a conta do ex-membro como vocês podem ver na própria divulgação via Twitter.Nós realmente ajudamos na divulgação da campanha, e através de vaquinha interna entre os membros do time também contribuímos com 75% dos 2k solicitados, para o visto, passaporte e alimentação. Infelizmente também não conseguimos mais contato com o Robinho após o pronunciamento oficial do time.Caso algum doador queira reivindicar o valor contribuído deverá entrar em contato direto com o ele. Nosso último contato foi ontem, por volta das 13h quando ficamos sabendo de toda a situação. Ele nos disse que inventou toda essa história sem pensar nas consequências.Independente de ser inventada ou não, nós não compactuamos com esse tipo de mentalidade e atitudes providas dele e desvinculamos ele de nosso grupo e banimos de qualquer atividade social realizada pelo time.Espero que todos que contribuíram sejam ressarcidos em breve."

Violência e assédio contra mulher é crime

Mulheres em situação de violência ou testemunhas de violência contra mulheres podem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, ligando no número 180. O serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes e fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita para todo o Brasil e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

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O Magalu, grupo o qual o Canaltech faz parte, oferece uma ferramenta de combate à violência contra a mulher. No superapp da empresa, há um botão de denúncia que direciona o usuário para a página do projeto Justiceiras, que oferece apoio e atendimento a vítimas de violência. Para saber mais informações sobre a iniciativa, clique aqui.

Fonte: Ge