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EUA acusam China de criar vírus para sequestrar satélites

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Divulgação/ViaSat
Divulgação/ViaSat

Os Estados Unidos acusaram a China de desenvolverem vírus capazes de assumir o controle e interromper completamente o funcionamento de satélites considerados inimigos. A praga seria parte dos esforços de guerra digital do país rival, podendo levar a apagões de comunicação ou interferência nas capacidades de vigilância.

A alegação aparece em documentos secretos vazados na última semana, nos quais a CIA (Agência Central de Inteligência, na sigla em inglês), fala brevemente sobre seu funcionamento. A ideia do ataque envolveria a cópia de sinais emitidos aos satélites por seus operadores, interrompendo comunicações ou o fluxo de dados enviados pelas bases americanas.

O golpe atingiria não apenas um satélite específico, mas também seria capaz de interferir na comunicação entre diferentes unidades que façam parte de uma mesma rede. Os documentos mostram ainda um temor quanto ao lançamento frequente de satélites chineses, com o país, segundo os dados dos EUA, tendo 347 unidades militares na órbita da Terra, sendo 35 colocados lá apenas nos últimos seis meses; todos seriam voltados a operações de guerra digital e espionagem contra o país.

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O tipo de ataque descrito pela CIA é mais sofisticado e agressivo que outros já usados pela Rússia no contexto da guerra contra a Ucrânia. Durante as operações de guerra digital, o país invasor usou caminhões com frequências similares às usadas entre terminais e satélites da SpaceX para interferir na disponibilidade de internet e comunicações na região de conflito.

Escândalo de segurança atinge os EUA

As alegações aparecem em meio aos documentos vazados por Jack Teixeira, um jovem de 21 anos que era parte da Guarda Nacional. Ele é acusado de obter arquivos confidenciais e liberar as informações no mensageiro Discord, no que vem sendo citado por setores da imprensa americana como o maior escândalo de inteligência desde o caso Snowden.

Os arquivos continham, principalmente, informações sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, detalhando trabalhos de inteligência e espionagem da CIA em relação ao conflito, bem como o uso de armamento americano na batalha. No total, seriam mais de 100 documentos, também citando a China, países do Oriente Médio, Ásia Pacífico, assim como detalhes de operações relacionadas a cibersegurança e terrorismo.

Teixeira foi preso pelo FBI em 14 de abril e permanece sob custódia, acusado de crimes relacionados à obtenção e transmissão não autorizada de documentos oficiais sigilosos, com pena que pode chegar a até 15 anos de detenção. O governo dos EUA não se pronunciou sobre as acusações à China, cujos oficiais também não falaram sobre o assunto.

Fonte: Ars Technica

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