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Voos espaciais longos aumentam parte do cérebro dos astronautas

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Rawpixel/Envato
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Os astronautas podem precisar de três anos de pausa após missões espaciais longas. O motivo? É que, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade da Flórida, este tempo parece ser necessário para a recuperação da expansão nos ventrículos cerebrais, causada durante estadias de pelo menos seis meses no espaço.

Para chegar à conclusão, pesquisadores analisaram exames cerebrais de 30 astronautas antes e depois de suas missões. No grupo, havia oito astronautas que serviram em missões de duas semanas, 18 que passaram seis meses no espaço e quatro que permaneceram lá por aproximadamente um ano.

Eles descobriram mudanças significativas nos ventrículos cerebrais de parte deles: os ventrículos dos astronautas que passaram pelo menos seis meses no espaço mostraram aumento significativo.

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Os ventrículos são cavidades no cérebro preenchidas por fluido cerebroespinhal, e fornecem proteção e remoção de resíduos ao cérebro. O corpo humano tem mecanismos para distribuir os fluidos; sem a gravidade terrestre, estes líquidos sobem e empurram o cérebro no crânio, fazendo com que o ventrículos se expandam.

Rachael Seidler, coautora do estudo, explica que, quanto mais tempo o astronauta passa no espaço, maior ficam seus ventrículos. Como muitos astronautas vão ao espaço mais de uma vez, eles notaram que leva cerca de três anos entre cada voo para que estas estruturas se recuperem.

Ainda não se sabe ao certo as consequências que a expansão dos ventrículos pode causar à saúde. Por outro lado, a boa notícia — principalmente para o turismo espacial — é que não não foi observada mudança nos ventrículos após voos espaciais de apenas duas semanas.

Além disso, a expansão dos ventrículos cerebrais parece frear após seis meses. “Ficamos felizes em ver que as mudanças não aumentam exponencialmente, considerando que eventualmente vamos ter pessoas no espaço por períodos mais longos”, acrescentou Seidler.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Fonte: Scientific Reports; Via: University of Florida

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