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Voluntários passam 60 dias “de cama” em nome da ciência

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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MEDES–R. Gaboriaud/ESA
MEDES–R. Gaboriaud/ESA

Um grupo de voluntários aceitou o desafio de passar dois meses completamente deitadospela ciência, claro. Para ajudar cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) a entenderem como as viagens espaciais afetam o corpo humano, os participantes do estudo precisam passar este período deitados, mantendo os pés para o alto e um dos ombros deve sempre estar encostado no colchão.

Os participantes do estudo foram divididos em três grupos: um fica na cama sem se exercitar, enquanto outro realiza exercícios físicos parecidos com aqueles dos astronautas. Já o terceiro grupo realiza os exercícios enquanto é girado por uma centrífuga que imita a gravidade artificial. E, sim, eles precisam manter a posição enquanto comem, tomam banho e usam o banheiro. 

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Tudo isso faz vai ajudar a ESA na preparação para voos espaciais, uma tarefa que não é nada fácil. Veja só: além dos grandes riscos e custos envolvidos, os cientistas ainda não entendem totalmente os efeitos que ocorrem quando se passa muito tempo livre da gravidade terrestre. Assim, as agências espaciais pesquisam constantemente os efeitos da estadia prolongada no espaço — mas sem expor os participantes aos riscos destas missões.

O que acontece é que, quando os astronautas passam longos períodos no espaço durante suas missões, seus corpos sofrem perda muscular e óssea e outras mudanças fisiológicas comuns em pacientes de cama. Ao estudar voluntários na Terra, os pesquisadores podem desenvolver técnicas mais eficientes para combater estes efeitos e até tratamentos para a osteoporose e outras doenças.

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Fonte: ESA