Vida extraterrestre: cientistas procuram Esferas de Dyson em estrelas
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
Existem estrelas emitindo misteriosos picos de calor. Para pesquisadores liderados por Matías Suazo, da Universidade Uppsala, e por Gaby Contardo, da Escola Internacional de Estudos Avançados na Itália, é possível que estas emissões intrigantes sejam evidências de civilizações alienígenas.
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Por enquanto, não foi confirmada a existência de vida fora da Terra. Mas, caso tais seres existam, os pesquisadores sugerem que estariam coletando a energia das suas estrelas por meio da chamada Esfera de Dyson, uma estrutura hipotética que poderia cercar estrelas inteiras.
Se algum objeto do tipo existir, ele seria tão quente que acabaria denunciado por suas emissões no infravermelho. Para verificar se alguma esfera assim existe, os astrônomos combinaram os dados do satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia, a dados do infravermelho obtidos por telescópios no solo e no espaço.
Cada equipe analisou os dados combinados dos mesmos cinco milhões de estrelas. Curiosamente, ambos mostraram excesso de calor no infravermelho que não poderia ser explicado por processos naturais. “A explicação mais fascinante para isso seriam esferas de Dyson de verdade”, sugeriu Suazo.
Por outro lado, estas emissões acima do esperado podem ter explicação mais simples — por exemplo, é possível que as estrelas estejam simplesmente cercadas por discos de formação planetária. No entanto, a maior parte das estrelas parece ser antiga demais para formar planetas.
Outra possibilidade é que, por sorte, cada uma delas estaria posicionada na frente de alguma galáxia distante, a qual seria a responsável pelo brilho no infravermelho. Por fim, ainda existe a chance de que os sinais venham de algum processo natural, mas que os cientistas ainda não conhecem.
De qualquer forma, os pesquisadores acreditam que o telescópio James Webb pode ser um aliado poderoso para solucionar o mistério. "Ou vamos descartar todas elas e vamos dizer que as esferas de Dyson são muito raras e difíceis de encontrar, ou elas vão permanecer como candidatas e nós as estudaremos muito bem", finalizou Wright.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Fonte: NewScientist, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society