Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Um novo candidato a meteorito interestelar foi descoberto

Por Redação | 10 de Janeiro de 2023 às 21h30

Link copiado!

PUBLIEDITORIAL
NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Os pesquisadores Amir Siraj e Avi Loeb parecem ter identificado um segundo meteorito interestelar. Chamada “IM2”, a nova rocha candidata foi encontrada em meio a dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS), do governo dos Estados Unidos, e foi identificada próxima do litoral de Portugal em 2017.

Também conhecido como "CNEOS 2014-01-08", o IM1, o primeiro meteorito interestelar conhecido, media cerca de 0,4 m e desceu ao litoral de Papua Nova Guiné em 2014, mas foi identificado pela dupla somente em 2019 nos dados do CNEOS. Como estes dados são usados principalmente para o monitoramento de mísseis, eles são mantidos em sigilo pelo governo norte-americano.

Já IM2 (ou “CNEOS 2017-03-09”), o segundo candidato a meteorito interestelar, foi detectado em março de 2017, à altitude de 23 km. Ele tinha cerca de um metro de dimensão, era 10 vezes mais massivo que IM1 e se movia a 40 km/s.

Com os dados do CNEOS, eles calcularam a força do material de mais de 200 meteoritos com base na altitude à qual se romperam na atmosfera. Os dados mostraram que o IM1 é tão resistente que eles não sabem ao certo do que ele é feito, e que o IM2 é o terceiro mais forte; já o segundo meteorito mais resistente parece ser de ferro.

Há apenas estes dois meteoritos interestelares conhecidos por enquanto, de modo que não é possível saber exatamente a origem deles; uma possibilidade é que tenham sido formados em supernovas, explosões extremamente energéticas que ocorrem quando estrelas massivas chegam ao fim de suas "vidas". “Sabemos que as supernovas produzem estes chamados ‘projéteis de supernova’, que são basicamente aglomerados de materiais ricos em metais”, explicou Siraj.

Ele acrescenta que estes aglomerados se rompem em pedaços menores — que, talvez, sejam objetos como o IM1 e IM2. Além disso, os cálculos sugerem que se a população de meteoritos interestelares tiver a mesma distribuição de força dos locais, a chance de encontrar dois deles tão resistentes é entre 1 em 10 mil e 1 em 10 milhões, o que abre a possibilidade de que não tenham vindo de sistemas planetários.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: The Astrophysical Journal Letters