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O Brasil participou do lançamento do telescópio espacial James Webb. Saiba como!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Dezembro de 2021 às 11h20

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NASA/Bill Ingalls
NASA/Bill Ingalls

O lançamento do telescópio espacial James Webb, ocorrido neste sábado (25), contou com uma participação do Brasil. O observatório foi lançado das instalações do Centro Espacial da Guiana (CSG), na Guiana Francesa, com um foguete Ariane 5, monitorado pela Estação de Telemedidas do Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI). A estação é localizada em Parnamirim, no Rio Grande do Norte.

Atualmente, existem 5 estações de telemedidas envolvidas no rastreamento de lançamentos equatoriais — e a brasileira, a 12 km da cidade de Natal, tem papel indispensável por poder acompanhar foguetes ainda em fase de propulsão. As equipes em solo começaram a receber os primeiros dados de telemetria do Webb cinco minutos após o foguete deixar a base.

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Apesar de o lançamento ter acontecido no sábado, a preparação das equipes envolvidas na operação começou no dia anterior. Tudo correu bem e o CLBI atuou como uma estação remota do CSG, realizando o rastreamento das telemedidas da extinção e separação do terceiro motor do veículo, ignição do quarto, entre outros eventos.

Maria Goretti Dantas, coordenadora da interface com o Centro Espacial Guianês, celebrou o desempenho brasileiro no lançamento do novo observatório espacial. “Temos uma equipe técnica muito profissional, capacitada e envolvida plenamente nos processos do rastreio. O CLBI deixa a sua marca na história espacial internacional diante do evento que o mundo aguardou ansiosamente”, disse.

Carlos Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), também destacou a atuação do CLBI durante o lançamento. "Nossa estação de telemedidas do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno desempenhou-se, mais uma vez, com o já reconhecido profissionalismo", disse ao Canaltech. "São os brasileiros que, no anonimato de uma longa e sempre delicada sequência de horas de preparação, deram sua contribuição para esse feito singular".

Em sua fala, Moura ressaltou ainda que o James Webb representa a abertura um novo capítulo na história da astrofísica e da tecnologia espacial. Com sensibilidade 100 vezes maior que a do Hubble, o novo telescópio fará observações na luz infravermelha para estudar cada fase da história do universo, indo desde as primeiras estrelas que brilharam após o Big Bang até a formação de sistemas planetários.

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“O CLBI já participou de outros lançamentos históricos, mas a missão James Webb deixou a sensação de um nascimento inusitado, de uma criança espacial entregue ao conhecimento científico”, comentou Dantas.

Fonte: AEB