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Telescópio James Webb registra estrela expelindo jatos a alta velocidade

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Setembro de 2023 às 15h50

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ESA/Webb, NASA, CSA, T. Ray
ESA/Webb, NASA, CSA, T. Ray

O telescópio James Webb capturou uma nova foto do objeto Herbig-Haro 211 (HH 211), emitindo jatos a velocidades supersônicas. A nova imagem foi divulgada pela NASA e pela Agência Espacial Europeia, que são parceiras no programa do telescópio espacial.

HH 211 fica a cerca de 1.000 anos-luz da Terra e, como é um dos mais jovens e próximos fluxos protoestelares, é um ótimo alvo para observações com o telescópio James Webb. As condições turbulentas ali fazem com que as moléculas, como o monóxido de carbono, emitam luz infravermelha, que é ideal para observações com o Webb.

Trata-se de um dos chamados objetos Herbig-Haro, conhecidos como regiões luminosas ao redor de estrelas recém-formadas. Estes objetos surgem quando os ventos estelares ou jatos gasosos, vindos das estrelas jovens, colide com nuvens de gás e poeira próximas e formam ondas de choque.

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Esta foto mostra que HH 211 tem um fluxo de uma protoestrela de Classe 0, que é como uma versão do Sol quando estava em sua infância, com algumas dezenas de milhares de anos e massa de apenas 8% daquela registrada hoje.

A imagem revela também alguns arcos de choque, visíveis no canto inferior esquerdo e superior direito, acompanhados do jato bipolar que os alimenta. Eles foram registrados com resolução espacial pelo menos cinco vezes maior que aquela de qualquer outra imagem de HH 211. O movimento do jato mais interno sugere que, talvez, HH 211 seja uma estrela binária.

Os cientistas descobriram que as estruturas do fluxo mais interno se movem de 80 km/s a 100 km/s. Ao que tudo indica, a diferença de velocidade entre tais jatos e o material com que colidem é bem menor.

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Por fim, a equipe concluiu que os fluxos emitidos pelas estrelas mais jovens, como aquela que existe no interior de HH 211, provavelmente são feitos de moléculas. Os sinais disso estão na velocidade baixa das ondas de choque, que não são energéticas o suficiente para romper as moléculas em átomos e íons menores.

O manuscrito com as descobertas foi disponibilizado na revista Nature.

Fonte: NASA