Telescópio espacial James Webb pode ter vida útil superior a 10 anos; entenda
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
A equipe do telescópio James Webb analisou a trajetória inicial do observatório após o lançamento e concluiu que o Webb deve ser capaz de operar por mais de 10 anos na órbita terrestre. Isso porque, graças à precisão do lançamento, ele usará menos propelente para realizar as manobras necessárias até chegar a seu destino. Ou seja: vai sobrar "combustível" para que ele trabalhe por mais tempo.
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Essa quantidade “extra” do composto se deve ao sucesso do lançamento. O Ariane 5 cumpriu — e inclusive foi além — os requisitos necessários para deixar o telescópio no caminho certo para seguir viagem ao Ponto de Lagrange L2, a 1,5 milhão de km da Terra. Além disso, as duas primeiras manobras de correção de curso foram executadas com grande precisão, aumentando a velocidade do observatório.
Outro benefício ocorreu na implantação de painéis solares, cerca de 29 minutos após o lançamento. O procedimento estava programado para acontecer dependendo da posição do telescópio em relação ao Sol, ou ocorreria automaticamente 33 minutos depois. Mas como o Webb se separou do estágio do foguete e já estava na altitude correta, seus painéis solares se abriram cerca de um minuto e meio após a separação.
Desenvolvido através de uma colaboração entre a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a agência espacial do Canadá, o James Webb é o maior e mais poderoso telescópio já levado ao espaço. O Webb ainda passará por uma sequência complexa de implantação de seus componentes, seguida de testes de instrumentos e sistemas, até começar seu trabalho científico. Essas observações devem começar seis meses após o lançamento.
Fonte: ESA