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Supernovas explodiram perto da Terra e enviaram isótopo raro ao planeta

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA, ESA, CSA, M. Matsuura/R. Arendt/C. Fransson
NASA, ESA, CSA, M. Matsuura/R. Arendt/C. Fransson

A Terra foi atingida por explosões de supernovas relativamente próximas do Sistema Solar, há alguns milhões de anos. Um novo estudo usou um isótopo raro de ferro encontrado na Terra para determinar as distâncias dessas essas explosões estelares, e descobriu que os eventos ocorreram apenas a algumas centenas de anos-luz de distância.

Os autores do estudo analisaram o isótopo de ferro Fe-60, formado exclusivamente durante a explosão de supernovas do tipo II (aquelas que ocorrem em estrelas com dez ou mais massas solares). Quando encontrado em planetas, luas ou asteroides, significa que o material ejetado por alguma supernova chegou até esses objetos.

Várias pesquisas anteriores encontraram amostras de Fe-60 na crosta terrestre, sedimentos do fundo do mar e até mesmo no regolito trazido da Lua. Essas amostras possibilitam descobrir a idade dos elementos e, portanto, determinar há quanto tempo a supernova ocorreu.

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Agora, os cientistas da Universidade de Illinois determinou as distâncias aproximadas das duas explosões que nos enviaram Fe-60. A equipe apelidou as supernovas como Plioceno (SN Plio, ou 3 Mya, por ter ocorrido há 3 milhões de anos) e Mioceno (SN Mio, ou 7 Mya, por ter ocorrido há 7 milhões de anos), e descobriu que ambas ocorreram bem perto do Sistema Solar.

Segundo os resultados, a SN Plio explodiu em algum lugar entre 65 e 457 anos-luz de distância da Terra, com maior probabilidade em 163 a 212 anos-luz, enquanto a SN Mio explodiu a 359 anos-luz de distância de nós. Em escalas astronômicas, essas distâncias são muito pequenas — o suficiente para a poeira dessas estrelas chegar em nosso planeta.

Os autores do estudo ressaltam que, mesmo consideradas próximas, explosões estelares a essas distâncias são seguras o suficiente para não afetar a vida na Terra. Se ocorressem agora, sequer percebemos a poeira de Ferro-60 atravessando a atmosfera e atingindo a superfície e o mar terrestres.

Disponível no arXiv.org, o estudo ainda aguarda revisão de pares.

Fonte: arXiv.org; via: Universe Today