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Fotos do Hubble mostram mudanças nos restos de estrela que explodiu

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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ESA/Hubble/NASA/W. Blair
ESA/Hubble/NASA/W. Blair

O que acontece após uma estrela massiva explodir em supernova? É o que o telescópio Hubble observou durante anos, capturando a evolução do Laço do Cisne. Trata-se de um dos remanescentes de supernova mais próximos da Terra, que hoje mede 120 anos-luz de diâmetro.

Quando estrelas massivas chegam ao fim dos seus ciclos, elas explodem em supernovas, um dos eventos mais energéticos do universo. O que sobra deste processo forma remanescentes, como o Laço do Cisne.

Com o telescópio Hubble, astrônomos analisaram os detalhes de uma pequena parte do remanescente. Para isso, o telescópio observou o objeto entre entre 2001 e 2020, e mostrou que a estrutura do choque continua se expandindo.

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O material continua se movendo a mais de 800 milhões de km/h, velocidade suficiente para você ir da Terra à Lua em menos de meia hora. A velocidade pode parecer bem alta, mas vale lembrar que, no caso de uma onde de choque gerada por uma supernova, ela é razoavelmente lenta.

Eles descobriram alguns filamentos que se estendem por cerca de dois anos-luz, presentes na parte mais externa da bolha em expansão. Após analisar o local da onda de choque da explosão, os cientistas notaram que os filamentos não perderam aceleração nos últimos 20 anos de observações e nem mudaram seus formatos.

Para entender melhor, imagine que os filamentos são como um lençol com dobras observado na lateral. “Você está vendo as ondulações no lençol visto de lado, então elas se parecem com fitas de luz torcidas”, explicou William Blair, da Universidade Johns Hopkins.

Segundo ele, as ondulações surgem conforme as ondas de choque encontram materiais mais ou menos densos no meio interestelar, formado por gás e poeira presentes no espaço interestelar. Esta é uma etapa bem transitória na expansão da supernova, em que o hidrogênio é aquecido e começa a brilhar.

O Laço do Cisne foi descoberto em 1784 pelo astrônomo alemão William Herschel. Na época, ele observou o remanescente de supernova com um pequeno telescópio refletor — e, talvez, não imaginou que, pouco mais de dois séculos depois de suas observações, haveria um telescópio espacial como o Hubble, capaz de analisar os detalhes desta nebulosa.

Fonte: Hubble 

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