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Star Trek: aprenda a observar algumas das estrelas mais famosas da série

Por| Editado por Rafael Rigues | 06 de Junho de 2022 às 10h52

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CBS Corporation
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Os planetas da franquia de Star Trek (Jornada nas Estrelas)podem ser lugares onde ninguém jamais esteve, mas muitas das estrelas que eles orbitam existem e podem ser observadas da Terra. Se você é um fã das séries e filmes, encontrar as estrelas mais famosas da franquia pode ser uma ótima maneira de aprender mais sobre o céu noturno.

Como encontrar as estrelas de Star Trek

O "universo" de Star Trek possui uma imensa quantidade de informações, mapas e guias sobre os sistemas estelares já visitados pelas espaçonaves da Federação dos Planetas Unidos. Nas séries, nossa galáxia, a Via Láctea, é dividida em quatro quadrantes (chamados alfa, beta, gama e delta) e existe uma infinidade de mapas feitos por fãs, alguns incrivelmente detalhados.

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Mas, claro, não é preciso conhecer todo o universo fictício da franquia para encontrar algumas das estrelas no céu. Por outro lado, é recomendável utilizar cartas celestes, softwares como o Stellarium (simulador gratuito de astronomia) e aplicativos astronômicos. Essas ferramentas ajudarão muito a encontrar as estrelas listadas abaixo.

Algumas das estrelas reais do universo de Star Trek são visíveis a olho nu, e outras são um pouco mais tênues, sendo recomendável o uso de binóculos para encontrá-las. Outras são sistemas binários ou triplos que só podem ser observados separadamente por meio de telescópios — a olho nu, parecerão uma única estrela brilhante.

Talvez você tenha dificuldades para encontrar alguns dos objetos, e sem dúvidas precisará de várias noites de observação até conhecer as regiões e identificar as estrelas desejadas. Além disso, algumas só poderão ser observadas em determinadas épocas do ano, como toda a região de Órion e Touro — recomenda-se procurá-las entre setembro e fevereiro.

Apesar das dificuldades, este pequeno “catálogo” pode ser uma incrível aventura que unirá a paixão pelas estrelas e o entusiasmo dos fãs de Star Trek. Por isso, seja perseverante, e em pouco tempo você saberá muito sobre astronomia observacional amadora.

Canopus

Essa e a segunda estrela mais brilhante do céu e a mais brilhante já visitada por qualquer tripulação em Star Trek. Ela possui magnitude -0,7 e apareceu no episódio da série original “The Ultimate Computer”. Na ficção, ali fica o planeta Alpha Carinae II.

Canopus é fácil de identificar pois fica próxima de Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno. Encontre a constelação de Carina, perto do Cruzeiro do Sul, e lá estará ela. Se possuir um par de binóculos, encontrará aglomerados fascinantes nessa região.

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Por ser tão fácil de identificar, Canopus pode ser uma boa referência para saber a direção das próximas estrelas dessa lista, desde que você estude um pouco as cartas celestes.

Alpha Centauri

A terceira "estrela" mais brilhante do nosso céu, Alpha Centauri é mencionada várias vezes na franquia, sendo onde alguns personagens nasceram neste sistema, que abriga até mesmo uma universidade. No universo de Star Trek, ele hospeda 22 planetas!

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Na verdade, Alpha Centauri é um sistema binário. Treze dos 22 planetas estão ao redor de Rigil Kentaurus (Alpha Cen A), cinco orbitam Alpha Cen B, e quatro estão na estrela Proxima Centauri — a mais próxima da Terra.

A olho nu, as estrelas Alpha Cen A e Alpha Cen B são vistas como um ponto único de luz com magnitude de -0,27 — muito brilhantes, e as mais notáveis da constelação de Centaurus.

Alpha Ceti

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Ceti Alpha remete a Khan Noonien Singh, que apareceu pela primeira vez no episódio Space Seed da série original e depois nos memoráveis filmes Star Trek II: A Ira de Khan e, mais recentemente, em Star Trek Além da Escuridão.

Também conhecida como Menkar, Menkab, Mekab e Monkar, essa estrela fica na direção da Cetus, a Baleia. Sua magnitude aparente é igual a 2.54, observável a olho nu, e fica a 220 anos-luz de distância da Terra. Embora referida em Star Trek como Ceti Alpha, convém chamar essa estrela de Alpha Ceti.

Plêiades

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A USS Enterprise-D (Star Trek: The Next Generation) teve uma missão para catalogar os planetas ao redor das estrelas que formam as Plêiades, também conhecidas como As Sete Irmãs, ou M 45. Trata-se de um aglomerado estelar aberto facilmente visível a olho nu na constelação de Touro e bem perto de Órion.

Na série, o planeta Velara III tem uma certa importância, mas ainda não encontramos planetas nas estrelas de Plêiades — embora existam evidências de uma possível formação de planetas em torno de uma delas, HD 23514, que tem características semelhantes ao nosso Sol.

Talvez este seja o objeto mais fácil de encontrar desta lista. Apesar de visível a olho nu, observar as Plêiades com um par de binóculos é algo espetacular.

40 Eridani

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Vulcano, o planeta mais conhecido por fãs (e até mesmo por quem não acompanha as produções) tem uma história de bastidores um pouco confusa. No início, alguns livros oficiais mencionaram a estrela Epsilon (ε) Eridani como a hospedeira de Vulcano, mas isso muda nas produções posteriores.

Durante um episódio de Star Trek: Enterprise, é dito que o planeta está a 16 anos-luz da Terra, e Epsilon Eridani está a apenas 10,5 anos-luz de distância. Hoje, os mapas colocam Vulcano em 40 Eri, que fica, de fato, a cerca de 16 anos-luz da Terra.

Esta estrela fica em um sistema triplo, ou seja, de três estrelas ligadas gravitacionalmente. A 40 Eri (ou 40 Eriandi A) é a estrela mais massiva deste sistema, e de fato abriga um planeta: uma das Super-Terras mais próximas conhecidas. Seu brilho é de magnitude 4,4, ou seja, visível a olho nu.

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Para encontrá-la, olhe 15° a oeste de Rigel (a sétima mais brilhante do céu, na constelação de Órion, perto das Três Marias). Para medir essa distância, estique o braço com o punho fechado e levante os dedos mínimo e indicador, bem abertos. Procure a estrela separada por esta distância à esquerda de Rigel.

Epsilon Ceti

Epsilon Ceti, ou 83 Ceti, é um sistema estelar a cerca de 79 anos-luz da Terra. Na ficção, abriga o planeta paradisíaco Risa, onde o capitão Picard passa suas não tão desejadas férias. No universo real, a estrela está na direção da constelação de Cetus.

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A magnitude dessa estrela é de 4.83, então é visível a olho nu, mas não é tão brilhante como as anteriores, embora esteja próxima de nós, a 88 anos-luz. Cetus é a constelação da Baleia e fica logo à direita de Órion, abaixo de Áries e Peixes. Pode ser um pouco difícil de identificar, mas vale a pena a investigação.

Vega

Vega é a quinta estrela mais brilhante do céu e fica apenas a 25 anos-luz de distância da Terra. Em Star Trek, ela hospeda nove planetas e entre eles está Vega IV. Ali, há uma colônia majoritariamente humana de quase 5,8 bilhões de habitantes, muitos dos quais foram executados pela contraparte do capitão Kirk de um universo paralelo.

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Encontrar Vega é fácil: ela forma o Triângulo de Verão com as estrelas Altair e Deneb, que também estão entre as mais brilhantes do céu.

Altair

Altair VI é um planeta mencionado no episódio Amok Time, onde a Enterprise iria assistir à posse de um novo presidente. Entretanto, a nave tem que sair da rota e se dirigir para Vulcano e comparecer ao ritual de acasalamento de Spock.

A estrela que abriga este planeta é a 12ª estrela mais brilhante no céu noturno e fica na constelação Áquila, a Águia, entre Aquário e Hércules.

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Deneb

Fechando o Triângulo de Verão, Deneb (ou Alpha Cygni) é mencionada em Star Trek como hospedeira de nove planetas. Deneb IV, por exemplo, é o local da Estação Farpoint, onde a tripulação da USS Enterprise encontra o super poderoso Q no primeiro episódio de The Next Generation.

Essa estrela fica na constelação do Cisne e é a décima-nona mais brilhante do céu.

Gamma (γ) Trianguli

Voltemos agora para as Plêiades, pois perto delas está a pequena constelação Triangulum (não confundir com o Triângulo de Verão). Como o nome sugere, são três estrelas, mas a mais conhecida em Star Trek é a menos brilhante, Gamma (γ) Trianguli. Ainda assim, é visível a olho nu.

O planeta Gamma Trianguli IV está no episódio The Apple, onde uma civilização é controlada por um supercomputador chamado Vaal. A equipe da Enterprise debate muito sobre aquele povo "primitivo", se aquela sociedade funciona ou não, e acaba interferindo de um modo bastante discutível.

Iota Geminorum

Todo fã de Star Trek deve conhecer os pingos, criaturas fofinhas mas problemáticas que aparecem em The Trouble With Tribbles, na segunda temporada da série clássica. O planeta natal das criaturas peludas é Iota Geminorum IV, que orbita a estrela Iota Geminorum.

Essa estrela brilha com magnitude 3,8 e fica pertinho de Castor e Pollux, da constelação de Gêmeos.

61 Ursae Majoris

O planeta Archer IV, da série Enterprise, foi o primeiro planeta de classe M (ou seja, semelhante à Terra e habitável) descoberto por humanos. Sua estrela anfitriã está na constelação Ursa Maior.

Essa constelação é mais visível nas regiões próximas ao Equador, então os habitantes do Sul do país terão problemas ao procurá-la. Contudo, essa estrela é semelhante ao Sol e tem magnitude 5,3, o suficiente para ser vista a olho nu.

Estrelas não visíveis a olho nu

Para os fãs que já conhecem o céu noturno visível a olho nu e possuem um telescópio (ou pretendem comprar um), vale mencionar estrelas importantes que apresentam um desafio maior. Estamos falando de Wolf 359 e Wolf 424.

Conhecida como o local de uma batalha na qual 39 naves da Federação são derrotadas pelos Borg em Best of Both Worlds, a estrela Wolf 359 é uma das mais próximas da Terra, apenas a 7,8 anos-luz de distância. Apesar disso, ela é muito fraca — a anã vermelha tem magnitude de 13,5, então exige um pequeno telescópio.

Já a Wolf 424 hospeda um planeta chamado Babel, que serve como um local neutro para encontros diplomáticos e outros eventos entre os poderes dos Quadrantes Alfa e Beta. No universo real, ela também conhecida como FL Virginis e é um sistema de duas anãs vermelhas a pouco mais de 14 anos-luz de distância.

Considerações finais

Como você deve ter percebido, as estrelas mais brilhantes da lista (e o aglomerado das Plêiades) servem como guia para encontrar as mais tênues. Entretanto, essas informações devem ser complementadas com um estudo um pouco mais detalhado. O Stellarium é uma ótima opção para planejar sua observação nas datas mais adequadas para cada alvo.

Além disso, vale a pena utilizar aplicativos de astronomia para smartphones (inclusive a versão mobile do Stellarium) com realidade aumentada para ajudar a saber a direção em que as estrelas desejadas se encontram em tempo real. Ao completar a identificação de cada um desses objetos você não apenas estreitará sua relação com o universo de Star Trek, como também conhecerá muito mais sobre o universo real.

Vida longa e próspera, e boas observações!

Fonte: NASA, Astronomy, Unistellar