SpaceX quer oferecer serviços de telefonia por meio da internet Starlink
Por Danielle Cassita |
A SpaceX parece estar dando passos importantes em direção a futuros serviços de telefonia: a empresa fez uma nova solicitação à Federal Communications Commission (FCC), entidade reguladora de telecomunicações nos Estados Unidos, onde delineou planos para usar a rede de banda larga dos satélites Starlink para também oferecer serviços de telefonia, incluindo suporte de emergência para ligações de voz e planos que tenham menor custo para os clientes.
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A ideia é que tudo isso seja feito aproveitando conexões que já existem, como as redes de telefonia operadas por provedores locais. Assim, no documento, a empresa apresentou planos para serviços VoIP, uma tecnologia que permite realizar chamadas de voz pela internet. Por meio da proposta, os consumidores conseguiriam realizar chamadas de voz por meio da conexão de banda larga fornecida pelos satélites Starlink.
Além disso, a SpaceX também abriu uma solicitação para o programa Lifeline; este programa também faz parte da FCC e tem o objetivo de tornar os serviços de comunicação mais acessíveis para clientes de baixa renda. Hoje, a empresa ainda não tem clientes por meio do programa porque não possui a designação necessária para isso, mas, quando conseguir, deverá fornecer o serviço.
No caso da SpaceX, os clientes que usam a rede Starlink na fase beta pagam U$ 99 mensais pela rede, além de uma tarifa única de U$ 499 para adquirir o kit de instalação. Então, após a designação do Lifeline, haveria o pequeno desconto de U$ 9,25. Como esse valor pode não ser o suficiente para tornar o plano mais acessível, é possível que a empresa ofereça planos mais baratos no futuro.
Por fim, assim como acontece com outros provedores de serviços VoIP, a empresa pode oferecer aos usuários Starlink uma bateria com 24 horas de carga, que permitiria aos clientes fazerem ligações mesmo sem energia elétrica. Segundo a empresa, "os serviços Starlink vão ter energia suficiente de reserva para se manterem funcionais mesmo sem uma fonte de energia externa em situações de emergência".
Fonte: Futurism, Ars Technica