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Sonda que investigará o Sol faz sua primeira aproximação de nossa estrela

Por| 17 de Junho de 2020 às 14h00

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ESA/Medialab
ESA/Medialab

A sonda Solar Orbiter, lançada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em fevereiro de 2020, acaba de fazer sua primeira aproximação do Sol — e já capturou algumas imagens da nossa estrela. Ela chegou a 77 milhões de km, cerca da metade da distância entre a Terra e o Sol. Pode parecer pouco, mas é o suficiente para entusiasmar os pesquisadores.

De acordo com Daniel Müller, cientista do Projeto Orbiter Solar da ESA, os cientistas nunca foram capazes de tirar fotos do Sol a uma distância mais próxima do que essa. Trata-se de um marco, que ainda deve ser superado em breve pela própria Solar Orbiter, já que ela ainda não chegou ao seu destino. A Solar Orbiter chegará a 42 milhões de km - mais perto do Sol que o planeta Mercúrio.

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Essas imagens serão lançadas apenas em meados de julho, de acordo com um comunicado - os vídeos publicados nesta semana pela ESA são apenas conceitos criados em computador. É que ainda levará uma semana para que as informações das imagens percorram toda a distância até chegar à Terra e, depois disso, elas ainda serão processadas. Só então poderão ser divulgadas ao público.

Mas os cientistas estão animados com os resultados que veremos em breve. Isso porque embora telescópios solares aqui na Terra (como o Telescópio Solar Daniel K. Inouye, localizado no Havaí) já ofereçam uma visão única do Sol, a Solar Orbiter pode obter uma visão muito mais nítida porque não terá interferência visual da atmosfera terrestre.

Müller afirma que “pela primeira vez, poderemos reunir as imagens de todos os nossos telescópios e ver como elas reunem dados complementares de várias partes do Sol, incluindo a superfície, a atmosfera externa ou a coroa e a heliosfera mais ampla ao seu redor”. E com a Solar Orbiter, os cientistas também poderão ver imagens sem precedentes na estrutura e composição dos ventos solares.

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Yannis Zouganelis, cientista adjunto do projeto de orbitais solares da ESA, disse que “não se trata apenas de um teste”, afirmando que os pesquisadores estão “esperando resultados novos e empolgantes”.

O recorde de aproximação ainda pertence à Parker Solar Probe da NASA, que em novembro de 2018 se tornou o objeto mais perto do Sol que já enviamos ao espaço, chegando a apenas 24 milhões de km da superfície.

Fonte: ESA