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Simulação mostra o que acontece em colisões planetárias gigantes; veja vídeo!

Por| 01 de Agosto de 2020 às 09h30

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Jacob Kegerreis/Durham University
Jacob Kegerreis/Durham University

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Durham e Universidade de Glasgow, ambas do Reino Unido, utilizaram o supercomputador COSMA - sigla para Cosmology Machine - para um estudo a fim de mostrar o que aconteceria se enormes objetos, viajando a diferentes velocidades e ângulos, colidissem com um planeta parecido com a Terra. Assim, eles concluíram que essas colisões gigantescas poderiam causar graves consequências para planetas jovens, como perda atmosférica.

Nas simulações, eles observaram que um impacto lento poderia causar menor perda atmosférica do que uma colisão rápida e direta - que, inclusive, teria potencial para destruir também uma parte do manto do planeta, a camada que fica abaixo da crosta. Para Vincent Eke, co-autor do estudo, isso indica que a quantidade de atmosfera que pode ser perdida na colisão depende da "sorte" que o planeta terá no momento do impacto.  

No vídeo abaixo, você confere a simulação em 3D:

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"Sabemos que colisões planetárias podem causar efeitos dramáticos na atmosfera de um planeta, mas essa é a primeira vez que pudemos estudar as variações desses eventos violentos detalhadamente", explica Jacob Kegerreis, autor líder da pesquisa. Ele aponta, ainda, que essa é a forma simples que encontraram para prever quanta atmosfera seria perdida em um evento catastrófico como esse.

Na verdade, colisões do tipo fazem parte do histórico do nosso próprio planeta: acredita-se que a Lua se formou há 4,5 bilhões de anos devido à colisão de um planeta do tamanho de Marte com a Terra. Assim, a simulação realizada pelos pesquisadores sugere que isso pode ter tirado até 50% da atmosfera inicial da Terra, naquela época longínqua.

Essa pesquisa deverá permitir a realização de previsões sobre a erosão atmosférica causada pelo impacto de grandes objetos, e poderia fornecer dados para modelos da formação de planetas. "Esses modelos poderão nos ajudar a entender tanto o histórico da Terra como planeta habitável quanto a evolução de exoplanetas em volta de outras estrelas", comenta Kegerreis. Agora, nos próximos passos, eles realizarão outras simulações para mostrar o que poderia acontecer em colisões planetárias com objetos de massas e composições variadas.

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Fonte: Space.com, Eurekalert