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Sem Esfera de Dyson: alienígenas poderiam levar planetas para perto de estrelas

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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ESA
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Uma equipe liderada por pesquisadores de Bangalore, na Índia, sugere que as civilizações avançadas não iriam precisar criar megaestruturas para coletar energia de suas estrelas e se expandir. Na verdade, para multiplicar o espaço que poderiam habitar, bastaria capturar planetas que não orbitam estrelas e, depois, transferi-los às zonas habitáveis desejadas.

O processo pode parecer pouco prático, mas os autores o consideram uma solução muito mais simples e menos destrutiva que aquela proposta pelo físico Freeman Dyson. Na década de 1960, ele sugeriu que estas civilizações poderiam coletar toda a energia de suas estrelas se criassem megaestruturas ao redor de seus sistemas.

Desta forma, elas poderiam multiplicar o espaço que poderiam ocupar. Perceba, no entanto, que Dyson propôs estas ideias quando os astrônomos ainda não sabiam da abundância de exoplanetas em nossa galáxia — hoje, há mais de cinco mil exoplanetas confirmados.

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Ele trabalhou com as limitações de espaço habitável do Sistema Solar, que estão restritas à Terra. Então, como os diferentes planetas do nosso sistema têm grandes quantidades de matéria, eles poderiam servir (teoricamente, vale lembrar) para criar uma biosfera artificial — Júpiter, por exemplo, tem matéria suficiente para criar um envelope esférico ao redor do Sol.

Pensando nisso, os autores do novo estudo analisaram a relação entre os planetas e tais megaestruturas. Eles sugerem que diferentes planetas poderiam ser migrados para a zona habitável (a área ao redor de uma estrela onde a água pode existir no estado líquido), ampliando o espaço que permitiria vida no nosso SistemaSolar e sem destruir planeta algum.

Os dados dos telescópios TESS, Kepler, Hubble e James Webb sugerem que há pelo menos 100 bilhões de exoplanetas na Via Láctea, e um trilhão de mundos pode existir sem orbitar nenhuma estrela. A equipe explica que, se estes mundos puderem ser movidos para a zona habitável de alguma estrela, civilizações avançadas teriam mais espaço para se expandir.

Elas poderiam também importar exoplanetas conforme necessário, ou até dar diferentes usos aos mundos. “Planetas usados somente para propósitos industriais e tecnológicos são chamados ‘mundos de serviço’, e os ETI poderiam trazer planetas de flutuação livre para usá-los como mundos de serviço”, escreveram.

Por fim, os autores explicaram como sistemas deste tipo seriam diferentes de outros, com características que chamariam a atenção dos cientistas. “Sistemas planetários como Kepler-20 ou TRAPPIST-1, onde há muitos exoplanetas como a Terra organizados perto de suas estrelas, a uma distância menor que a órbita de Mercúrio, são outras possíveis indicações da astroengenharia extraterrestre avançada”, sugeriram.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

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Fonte: arXiv; Via: Universe Today