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Satélite flagra momento exato que tempestade Milton se transforma em furacão

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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CSU/CIRA & NOAA
CSU/CIRA & NOAA

O furacão Milton chegou ao Golfo do México e foi registrado pelos satélites da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). A tempestade chegou à categoria cinco e alcançou a região dez dias após o furacão Helene, o mais destrutivo registrado nos Estados Unidos desde o furacão Katrina. 

Em questão de horas, o Milton deixou de ser uma tempestade da Categoria 1, aquela que inclui os furacões com ventos fortes o suficiente para afetar telhados e árvores. O fenômeno chegou à categoria 5, quando a tempestade é tão forte que pode causar danos vastos, destruindo telhados e paredes de construções e deixando grandes áreas sem energia por semanas.

As imagens de satélite mostram as mudanças da intensidade do Milton. “De tempestade tropical a furacão de categoria 5 em 24 horas. O furacão Milton passou por uma rápida intensificação simplesmente surpreendente”, descreveu o Instituto Cooperativo de Pesquisa na Atmosfera em uma publicação no Instagram com imagens do satélite GOES-16, a NOAA. 

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Este furacão apresenta também um “olho fechadura”. Esta é uma região observada nos furacões da Categoria 3 ou mais fortes, que forma uma espécie de olho ao redor do olho principal do furacão. Depois, ambos se contraem; quando isso ocorre, o olho mais interno fica tão pequeno que se torna uma espécie de fechadura medindo cerca de 18,5 km. 

As tempestades que apresentam estas “fechaduras” costumam apresentar variações na intensidade. Isso ocorre porque os ciclos de substituição do olho faz com que os furacões percam força inicialmente, mas voltam à intensidade inicial assim que o processo é finalizado. 

O vídeo abaixo mostra o olho do furacão em imagens do satélite GOES-16:

O furacão deve chegar ao litoral da Flórida durante a noite de quarta (9), mas antes, a região já deve ser duramente atingida por chuvas fortes e ventos intensos. Por isso, moradores da Flórida foram orientados a verificar a localização das suas casas em relação à tempestade para evacuar o local, caso necessário.

“Conforme o clima muda, vamos ter mais eventos de chuvas extremas. Estes eventos de tempestades vão superar aqueles do passado, fazendo com que experiências anteriores sejam menos relevantes para decidir como nos preparar e responder”, alertou Tracy Kijewski-Correa, especialista em redução de riscos de desastres, resiliência e sustentabilidade da Universidade de Notre Dame. 

Fonte: APNews, Notre Dame News