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Satélite brasileiro Amazonia-1 pareceu ter saído de controle em sua órbita

Por| Editado por Patricia Gnipper | 03 de Março de 2021 às 12h05

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MCTIC
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[ATUALIZAÇÃO - 03/03 às 16h51]: segundo informações fornecidas por Clezio di Nardin, diretor do Inpe, tudo está sob controle com o satélite Amazonia-1 e não há registros de problemas. De acordo com ele, o satélite está passando por uma fase de qualificação, em que as baterias, painéis, câmera e outros componentes são testados, e essa fase irá seguir até 15 de março.

Abaixo, você confere a notícia original na íntegra:

Neste domingo (28), o satélite Amazonia-1 foi lançado a bordo do foguete PSLV-C51 em Sriharikota, na Índia. Trata-se do primeiro satélite totalmente construído e operado no Brasil, que irá observar e monitorar o desmatamento na Amazônia. Contudo, apesar de o lançamento ter sido um sucesso, alguns rastreadores independentes observaram que o satélite pode ter saído de controle. Ainda não há informações oficiais publicadas sobre a situação.

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O lançamento ocorreu durante a madrugada de domingo, sem imprevistos, e o levou com sucesso para a órbita. Entretanto, o primeiro sinal de que podia haver alguma anomalia na rotação do Amazonia-1 veio de uma publicação do grupo USA Satcom feita no Twitter nesta terça-feira (2), que informava que o satélite pareceu capotar ao passar pela banda S. Depois, um tuíte publicado por um rastreador italiano com quase sete horas de diferença em relação à outra publicação levantou também a possibilidade de um sinal que pareceu indicar uma rotação descontrolada na banda S.

Até o momento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), instituição responsável pela execução do projeto, não publicou informações oficiais sobre a situação atual do satélite, e a Agência Espacial Brasileira aguarda o posicionamento do Inpe. O Canaltech entrou em contato ambas as instituições para obter mais informações sobre a situação do satélite e, segundo o Instituto, o Amazonia-1 está operando em modo normal.

O Amazonia-1 faz parte da Missão Amazônia, com o objetivo de coletar e fornecer dados de sensoriamento remoto para observações e monitoramento da região amazônica, além dos reservatórios de água, florestas, agricultura e outros pontos de interesse, bem como observações de possíveis desastres ambientais. A ideia é que o satélite produza imagens da Terra a cada dois ou três dias, funcionando também como um apoio aos outros satélites que compõem o sistema de alerta Deter.

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O projeto do Amazonia-1 foi iniciado em 2008, e o satélite opera em uma órbita síncrona com a do Sol, a 750 km de altitude, onde leva 100 minutos para orbitar a Terra. Essa órbita foi projetada para permitir a transmissão de dados de um mesmo ponto do planeta, algo de grande importância para situações que exigem ações rápidas, porque aumenta a probabilidade de captura de imagens do local desejado mesmo que esteja coberto por nuvens. Futuramente, a missão irá contar com outros dois satélites de sensoriamento remoto, que serão o Amazonia 1B e o Amazonia 2 — estes ainda não têm data definida para o lançamento.

Fonte: Mensageiro Sideral