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Rússia pode continuar levando astronautas da NASA à ISS em 2020

Por| 18 de Fevereiro de 2019 às 15h03

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Desde 2011, a NASA conta com a Rússia para enviar seus astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), usando seus foguetes e naves Soyuz para tal, desde o fim do programa dos ônibus espaciais. A fim de acabar com essa dependência, a agência espacial dos Estados Unidos vem trabalhando no projeto Commercial Crew Program, que contará com as empresas privadas SpaceX e Boeing nesses lançamentos — mas o programa já está bastante atrasado e, ainda que o contrato dos EUA com a Rússia acabe neste ano, pode ser que a NASA ainda precise dos envios com o conjunto Soyuz até 2020.

Depois de muitas alterações de cronograma, a SpaceX pode enfim fazer o primeiro voo de teste (não tripulado) com sua nova cápsula Crew Dragon no comecinho de março, com a Boeing fazendo seu primeiro voo de teste com a nave Starliner em abril. Tudo dando certo, o primeiro teste tripulado da empresa espacial de Elon Musk deve acontecer em julho, com o mesmo sendo feito com a nave da Boeing em agosto. Mas ainda não há garantias de que os veículos estarão prontos para voos operacionais à ISS no início de 2020.

O último lançamento contratado pela NASA com a Rússia é o da missão programada para julho deste ano, quando a nave Soyuz levará à estação o cosmonauta Aleksandr Skvortsov, o astronauta da NASA Andrew Morgan e o astronauta italiano da ESA Luca Parmitano. Eles ficarão seis ou sete meses por lá, voltando à Terra entre janeiro e fevereiro de 2020 — ou seja, até lá, a NASA já precisa enviar um novo astronauta à ISS; do contrário, ficará de fora da Estação Espacial Internacional por um período.

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Então, ainda que renovar contratos de lançamento com a Rússia seja exatamente o que os Estados Unidos não querem mais fazer, a NASA precisará contar com os antigos rivais por mais um tempo, pois ficar sem astronautas estadunidenses trabalhando na ISS é um cenário ainda pior do que aceitar que ainda não podem se independer da Rússia tão cedo. Em um documento publicado na semana passada, a agência diz que considera, sim, contratar a Roscosmos (agência espacial russa) para mais dois lançamentos depois deste de julho, reservando um assento na viagem planejada para o final de 2019 e outro para o primeiro semestre de 2020 — garantindo a presença dos EUA na ISS até setembro de 2020, quando se espera que as naves da SpaceX e da Boeing enfim estejam prontas para serem usadas.

E, ainda que o último lançamento da Roscosmos com astronautas da NASA tenha custado US$ 81 milhões (incluindo treinamentos de voo a bordo da Soyuz), a NASA afirma que as consequências de não haver tripulação dos EUA na estação seriam ainda piores do que tamanho gasto, pois "a ausência de membros [dos EUA] diminuiria as operações da ISS para um estado inoperável", segundo a agência espacial.

Fonte: ARSTechinica