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Parece que o Perseverance achou vestígios de rio em Marte

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS
NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS

O rover Perseverance tirou novas fotos de rochas em Marte, que parecem mostrar sinais de um possível rio que teria existido no passado do planeta. Tal rio podia ser parte da rede de canais que terminavam na cratera Jezero, e suas águas parecem ser mais fundas e rápidas do que se pensava até então.

No momento, o rover Perseverance está explorando a parte superior de uma pilha de rochas sedimentares com mais de 200 m de altura. A formação tem camadas que indicam que houve fluxo de água por lá, mas os cientistas ainda não sabem se a água correu por fluxos relativamente rasos ou se estava em algum sistema de rio mais poderoso.

As novas imagens sugerem que, talvez, o segundo cenário esteja correto. “[Os mosaicos] indicam um rio altamente energético, que fluiu e levou vários detritos; quanto mais poderoso é o fluxo da água, mais facilmente ela move grandes pedaços de material", disse Libby Ives, pesquisadora que participa da operação do Perseverance.

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Esta não é a primeira vez que os cientistas encontram pistas de um possível rio em Marte. Há alguns anos, imagens tiradas por sondas orbitais revelaram o que eles chamaram de “unidade curvilinear”, formada por faixas curvas de rochas na cratera Jezero — parte de uma delas, apelidada “Skrinkle Haven”, aparece na foto que você viu acima.

Com as novas fotos, eles conseguiram observá-la de perto e suspeitam que estas camadas vêm de um forte fluxo de água. Agora, eles notaram que as camadas parecem estar organizadas em fileiras, que podem ter sido o resultado de pequenas ilhas de sedimentos que sofreram erosão ao longo do tempo; ou, quem sabe, sejam ainda os restos das ilhas formadas no interior do rio.

Em outro mosaico do Perseverance, vemos Pinestand, uma colina com camadas sedimentares encontrada a 450 m de Skrinkle Haven. Ela tem camadas que se curvam para cima e algumas chegam a 20 m de altitude e, para os cientistas, estas camadas também podem ter sido formadas pelas águas de forte correnteza em um rio.

Apesar de o rio ser uma possível explicação para a formação das rochas, os cientistas estão explorando outros cenários e continuam estudando as fotos do instrumento Mastcam-Z, do Perseverance. “O que é mais empolgante aqui é que entramos em uma nova fase da história da cratera Jezero, e esta é a primeira vez em que estamos vendo ambientes assim em Marte”, disse Katie Stack, cientista do Perseverance.

Fonte: NASA