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Robô japonês envia fotos da superfície do asteroide Ryugu

Por| 14 de Dezembro de 2018 às 18h21

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JAXA/Akihiro Ikeshita
JAXA/Akihiro Ikeshita

Depois de quase quatro anos de viagem, a espaçonave japonesa Hayabusa 2 se aproximou de seu destino final neste ano — o asteroide Ryugu, que está a cerca de 280 milhões de quilômetros da Terra. Com o objetivo de coletar amostras do objeto, trazendo-as de volta para que os cientistas japoneses as estudem (o que deve acontecer em 2020), a nave e já havia fotografado o asteroide à distância em agosto e, agora, acabam de enviar um lote com mais de 200 imagens registradas por lá.

As fotos, no entanto, não mostram nenhuma área lisa na superfície de Ryugu que permita o pouso da espaçonave para a coleta de amostras, o que estaria planejado para o início de 2019. A JAXA (agência espacial japonesa) confirmou que a superfície altamente rochosa do objeto apresenta desafios para a aterrissagem planejada da Hayabusa 2, mas a agência já reduziu os potenciais pontos de aterrissagem, mantendo o objetivo de pousar a nave por lá para que seus robôs recolham amostras.

Acredita-se que um dos dois robôs que fazem parte da missão já tenha percorrido cerca de 300 metros na superfície do asteroide, cuja gravidade é fraca demais para "segurar" um veículo com rodas. Então, os robôs se movimentam por meio de pulos programados. Este robô "saltitante" enviou o lote de novas imagens, com o seu parceiro parando de se mover depois de 10 dias, conseguindo nos enviar somente cerca de 40 imagens. Takashi Kubota, membro do projeto na JAXA, disse ainda que a temperatura superficial do asteroide, menor do que a esperada, pode ter ajudado a retardar a deterioração dos veículos, na verdade.

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Com as imagens e os dados enviados pela missão, os cientistas da JAXA veem semelhanças entre Ryugu e o asteroide Bennu — este que vem sendo investigado pela estadunidense NASA com a missão OSIRIS-REx. Ambas as agências contam que os dois asteroides são mais úmidos e cheios de pedras do que o que se pensava anteriormente, com a agência espacial dos EUA recentemente revelando que Bennu tem (ou já teve) água líquida em sua superfície.

Asteroides estão entre os objetos mais antigos do Sistema Solar, e são material de estudo essencial para que possamos entender ainda melhor como nosso sistema, bem como a Terra, surgiu.

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Fonte: AP News