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Relembre a tragédia do ônibus espacial Columbia, que matou 7 astronautas em 2003

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Fevereiro de 2023 às 11h10

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Nesta quarta-feira (1º), completam-se 20 anos da tragédia do ônibus espacial Columbia. O veículo foi lançado em 16 de janeiro de 2003, levando sete astronautas para a condução de 80 experimentos na órbita da Terra na missão STS-107. Eles passaram 16 dias no espaço e, ao retornar, no dia 1º de fevereiro, o ônibus espacial se rompeu durante a reentrada na atmosfera. Não houve sobreviventes.

Como foi a missão STS-107?

A missão foi lançada da plataforma 39A do Kennedy Space Center, na Flórida. Tudo pareceu correr bem e, cerca de oito minutos e meio após o lançamento, o Columbia alcançou a órbita desejada para as pesquisas na microgravidade. A bordo, estavam o comandante de cargas úteis Michael P. Anderson, junto dos especialistas de missão David M. Brown, Kalpana Chawla e Laurel B. Clark.

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Eles estavam acompanhados pelo especialista de cargas úteis Ilan Ramon e por Rick D. Husband e William C. “Willie” McCool, que serviram como comandante e piloto, respectivamente. Durante os 16 dias no espaço, eles realizaram experimentos sobre ciência da vida, ciência dos materiais, física dos fluidos e outras áreas. Já em 31 de janeiro, os astronautas iniciaram os preparativos para o retorno à Terra.

O acidente do ônibus espacial Columbia

No dia 1º, a tripulação vestiu os trajes para a reentrada e retornaram para seus assentos. Husband e McCool orientaram o ônibus espacial, e receberam autorização para acionar os motores para a desórbita.

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Após um novo ajuste da orientação, o ônibus espacial encontrou a atmosfera terrestre a mais de 120 km de altitude. Quando faltavam apenas 16 minutos para a chegada ao Centro Espacial Kennedy, a comunicação entre o veículo e o Centro de Controle da Missão foi interrompida.

Naquele momento, o Columbia viajava a 61 mil km de altitude, a cerca de 18 vezes a velocidade do som. O Centro de Controle ainda tentou retomar o contato com os astronautas, sem sucesso. Cerca de 12 minutos depois, quando o ônibus espacial já deveria ter iniciado a aproximação final da pista para pousar, um controlador da missão soube que uma emissora de TV já havia mostrado o ônibus espacial se rompendo no céu.

O que causou a tragédia?

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Enquanto os astronautas trabalhavam nos experimentos, a NASA investigava algo observado durante o lançamento. Cerca de 82 segundos depois o Columbia deixar o solo, um pedaço de espuma caiu da estrutura que fixava o tanque externo ao orbitador (o componente do ônibus espacial que lembra um avião).

Na ocasião, os tripulantes ou controladores de solo não observaram nada que indicasse algum dano na estrutura do veículo. Entretanto, a espuma atingiu a asa esquerda do ônibus espacial e abriu uma pequena abertura ali. Durante a reentrada na atmosfera, a área danificada da asa ficou exposta a altíssimas temperaturas por um longo período de tempo; ela acabou destruída pelo calor excessivo e, consequentemente, causou o rompimento do Columbia.

Após perceber a tragédia que havia acabado de acontecer, o diretor de voo Leroy E. Cain solicitou que os controladores de voo armazenassem todos os dados para as investigações que iriam começar. Cinco horas após o acidente, as autoridades locais iniciaram as buscas pelos detritos e restos mortais dos astronautas. O trabalho durou mais de três meses, e permitiu a recuperação de cerca de 38% da nave.

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A NASA aprendeu a lição

Nas semanas seguintes, o comitê de investigação que examinou o acidente produziu uma avaliação da cultura da NASA na época. O comitê concluiu que, além da minimização do problema com a espuma e com medidas de segurança, o próprio design dos ônibus espaciais tinha problemas.

O acidente rendeu a implementação de mudanças no projeto dos tanques externos dos ônibus espaciais, junto de novas medidas e procedimentos de segurança internos da NASA. As lições aprendidas foram incorporadas nos voos seguintes e seguem aplicadas até hoje no projeto de novos veículos espaciais.

Fonte: NASA