Relatório diz que satélites Starlink podem ser perigosos e SpaceX responde
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
A SpaceX solicitou à Administração Federal de Aviação (FAA), agência reguladora de voos nos Estados Unidos, que faça uma correção em um relatório publicado em outubro. O documento aponta que os satélites Starlink, da empresa, vão ser responsáveis por 85% dos riscos a pessoas em solo e para a aviação durante a reentrada pela atmosfera.
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O relatório foi produzido considerando que a constelação de satélites vai continuar crescendo, e que fragmentos deles podem resistir à reentrada atmosférica. Se estes cenários se concretizarem, em 2035 é esperado que a quantidade total de fragmentos perigosos chegue a 28 mil.
Já a quantidade de casualidades (o número de pessoas em solo que podem ser feridas ou mortas por detritos que resistiram à reentrada) seria de 0,6 a cada ano. Isso significa que, a cada dois anos, é esperado que uma pessoa seja ferida ou morta por algum destes objetos.
Em resposta, a SpaceX declarou em uma carta que as alegações de possíveis riscos de ferimentos e mortes associadas aos Starlink são “absurdas, injustificadas e imprecisas”. Segundo a empresa fundada por Elon Musk, “a análise é profundamente falha” e não pode ser aplicada aos seus satélites.
De acordo com a companhia, os Starlink são projetados e construídos para serem totalmente destruídos durante a reentrada atmosférica, após o fim de suas vidas úteis de aproximadamente cinco anos. No momento, equipes técnicas da FAA estão em contato com a SpaceX para rever e atualizar os dados.
No momento, há aproximadamente cinco mil satélites Starlink na órbita baixa da Terra, mas a empresa planeja aumentar este número para 40 mil. Além da SpaceX, empresas como OneWeb e Amazon também estão trabalhando em suas próprias constelações de satélites.