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Quasar é fotografado no universo jovem e quebra recorde

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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ESO/M. Kornmesser
ESO/M. Kornmesser

Um telescópio relativamente pequeno conseguiu fotografar um quasar nos confins do espaço-tempo, tão distante que sua luz viajou durante 12,9 bilhões de anos-luz para chegar aos espelhos do instrumento. Esse é o objeto mais distante no céu do norte a ser registrado na luz visível.

O SDSS J114816.64+525150.3 é um quasar que surgiu quando o universo tinha apenas 900 milhões de anos (atualmente, o cosmos tem 13,8 bilhões de anos). Ele é formado por um buraco negro supermassivo alimentando-se no centro de sua galáxia hospedeira.

Localizado na direção da constelação de Ursa Maior, o buraco negro tem mais de 3 bilhões de vezes a massa do Sol e foi capturado pelo Virtual Telescope Project, uma rede de telescópios robóticos geralmente usada para fotografar objetos do Sistema Solar.

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Embora quasares sejam os corpos mais brilhantes de todo o universo, a maioria está distante demais da Via Láctea para ser observada em luz visível (faixa do espectro eletromagnético formada pelas cores do arco-íris). Normalmente eles são detectados por outros tipos de radiação, como ondas rádio e infravermelho.

Quando foi descoberto, o SDSS J114816.64+525150.3 era o quasar mais distante já visto, mas foi superado por outros ainda mais afastados. Mesmo assim, a nova imagem deste quasar é um recorde por ter sido feita por um telescópio de 350 mm — pequeno, em comparação aos grandes observatórios usados por agências espaciais.

O brilho de quasares é emitido quando os buracos negros supermassivos canalizam parte da matéria que estão devorando para seus pólos através de campos magnéticos. Esse material é, então, expulso quase à velocidade da luz na forma de jatos gigantescos, rumo ao espaço intergaláctico.

Segundo Gianluca Masi, astrofísico e científico diretor do Virtual Telescope Project, “nunca antes um telescópio com um diâmetro de 350 mm observou tão longe, até onde sabemos”. Para registrar o quasar, foram necessárias quase sete horas de tempo de exposição com a câmera acoplada ao telescópio.

Sobre o Virtual Telescope Project

Fundado em 2006, o projeto é uma instalação com vários telescópios robóticos que realiza pesquisas e auxilia na comunicação científica. Para utilizá-lo, os astrônomos só precisam acessá-los remotamente.

Ele também é usado para mostrar ao vivo fenômenos como asteroides que passam perto da Terra, cometas, supernovas, eclipses e chuvas de meteoros, tudo via transmissão online em plataformas como o YouTube.

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Por sua capacidade de monitorar objetos próximos da Terra, o Virtual Telescope Project é membro da Rede Internacional de Alerta de Asteroides e contribui para a defesa planetária.

Fonte: Virtual Telescope Project