Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Por que existe ano bissexto?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Fevereiro de 2024 às 01h00

Link copiado!

Annette/Pixabay
Annette/Pixabay

Quando estamos em um ano bissexto, o mês de fevereiro tem 29 dias. Isso é feito para alinhar o nosso calendário com a órbita da Terra ao redor do Sol. Essa solução só foi encontrada por um Papa no ano 1582, mas desde tempos ainda mais remotos o problema do desalinhamento atrapalhou a agricultura e costumes dos povos.

O ano civil é determinado com base no tempo que a Terra leva para completar uma órbita ao redor do Sol, que são 365 dias — na teoria. Acontece que uma revolução (outro nome para uma órbita completa) leva aproximadamente 365,2422 dias, ou seja, é um pouco mais longa que o padrão do calendário.

Por que precisamos do ano bissexto

Continua após a publicidade

A diferença é pequena, mas representa um quarto de dia, ou seja, são 6 horas a mais a cada ano. Se não houvesse o ano bissexto, essa diferença aumentaria cada vez mais, até nosso calendário se tornaria um verdadeiro problema para nossos hábitos, que, sim, dependem muito de datas relacionadas à órbita terrestre.

E se não houvesse o dia 29 de fevereiro? 

As estações astronômicas são demarcadas pelos dias de equinócio e solstício. Se ignorássemos as 6 horas a mais no calendário anual (ou, mais precisamente, 5h48m46s), haveria um grande desalinhamento dessas datas em relação às estações meteorológicas.

Continua após a publicidade

Os anos bissextos corrigem esse desalinhamento adicionando um dia extra ao calendário a cada quatro anos, estendendo fevereiro para 29 dias. Mas muito antes desse ajuste determinado outros povos tentaram resolver o problema.

Origem do ano bissexto

Em 3.100 a.C., os egípcios usavam calendários lunares para se orientar. Desta forma, o mês durava 29,5 dias, sendo que o ano lunar tem 354 dias. Esse calendário deixava esses povos 11 dias fora da sincronia em relação às estações, e por isso cinco dias eram acrescentados no final do ano.

Júlio César, por sua vez, criou no Calendário Juliano em 46 a.C acrescentando um dia ao mês de fevereiro a cada quatro anos. Isso trouxe um problema: o ano solar passou a ter 365,25 dias em vez de 365,2422, levando o calendário a se distanciar do alinhamento em uma taxa de 11,2 minutos por ano.

Continua após a publicidade

Para resolver a situação, o Papa Gregório XIII introduziu o Calendário Gregoriano em 1582, que pula três dias bissextos a cada 400 anos. Chegamos assim ao sistema com o mês de fevereiro com 29 dias a cada quatro anos, conferindo meio minuto a mais de duração no ano solar.

As regras do ano bissexto são:

  • De 4 em 4 anos é ano bissexto.
  • De 100 em 100 anos não é ano bissexto.
  • De 400 em 400 anos é ano bissexto.
  • Prevalecem as últimas regras sobre as primeiras.
Continua após a publicidade

Isso funciona, mas também não é perfeito. Daqui a alguns milhares de anos, o calendário gregoriano vai se desalinhar outra vez das estações e as pessoas, caso a humanidade sobreviva até lá, vão ter que pensar em algum pequeno ajuste para corrigir isso.